A Polícia Civil afastou o delegado do município de Catu, Antonio Luciano Lima, do cargo na sexta-feira (27). O titular da delegacia local foi afastado após ter sido acusado de abuso de autoridade e perseguição política por suspeita de parcialidade nas eleições municipais.
Conforme portaria publicada pela PC no Diário Oficial do Estado neste sábado (28), Antônio passará 15 dias servindo na Delegacia de Alagoinhas. Em seu lugar fica a delegada Rita de Cássia Magalhães Batista para assumir a delegacia interinamente por 15 dias.
A ação se deu após uma denúncia do candidato a prefeito Gera Requião (PSD), que alega que o delegado registrou um Boletim de Ocorrência (BO) afirmando que a sua campanha estaria patrocinando matérias em sites locais para interesse pessoal.
"Isso é uma perseguição política orquestrada para me desestabilizar. Um ato desesperado de interferência política na eleição municipal. Recorremos à Corregedoria da Polícia Civil, porque acreditamos na seriedade e competência dessa instituição respeitada por todos os baianos e desta forma, as providências imediatas foram tomadas.” disse o pessedista.
O postulante ainda considerou as declarações do delegado como “atentado à liberdade de imprensa” e afirmou que continuará “lutando pela transparência e pela democracia na cidade”.
“Entraram, de forma arbitrária, invadiram casas sem mandado judicial em busca de exemplares do jornal. Nunca vi nada assim em nossa cidade," afirmou um dos residentes, que preferiu não se identificar por medo de represálias”, disse Gera Requião.
Testemunhas relatam que a polícia teria invadido residências sem mandado judicial, apreendido exemplares do jornal e conduzido pessoas para interrogatório, mesmo sem que houvesse vítimas. Um dos moradores, que preferiu não se identificar por medo de represálias, denunciou agressão verbal e física durante a ação policial.
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