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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Delegado da PF explica migração das plantações de maconha de Pernambuco para a Bahia

As recorrentes descobertas de plantações de maconha em ações policiais na Bahia, sobretudo em municípios com clima mais seco, como os localizados no norte do estado, podem estar relacionadas à expansão do Polígono da Maconha de Pernambuco, que busca ocupar novos territórios.

No estado pernambucano, esse polígono — formado por municípios que concentram grande produção dessa droga — inclui pelo menos 13 cidades, entre elas Salgueiro e Petrolina. Na Bahia, cidades como Juazeiro e Curaçá têm registrado características semelhantes.

O delegado da Polícia Federal (PF) da Divisão de Repressão de Entorpecentes, Décio Moura, explicou detalhes sobre o assunto. "Com a atuação intensa da Polícia Federal no polígono da maconha, em Pernambuco, temos visto que alguns plantadores investigados estão migrando para a região da divisa com a Bahia, além de estados como Piauí e Paraíba. Eles utilizam a mesma técnica de plantio, que exige muito sol. Em locais mais secos, com irrigação de pelo menos três vezes ao dia, conseguem manter grandes plantações. E a Bahia possui várias cidades com esse clima", detalhou o delegado.

Moura também explicou que as plantações de maconha costumam ser feitas em áreas rurais, com o objetivo de disfarçar o cultivo.

"São geralmente em áreas rurais, muitas vezes em terras públicas e até em áreas de preservação ambiental, para disfarçar o cultivo. Quando fazemos rastreamento via satélite, às vezes, não conseguimos identificar as plantações, pois elas são escondidas entre outras culturas, como mandioca. Por isso, usamos helicópteros e drones para identificar áreas suspeitas", esclareceu.

Questionado sobre a logística de distribuição dos entorpecentes, o delegado explicou que toda a produção de maconha feita no Brasil é destinada ao consumo interno. "Toda a produção feita no Brasil é destinada ao consumo interno, especialmente na região Nordeste. Já a maconha vinda do Paraguai abastece principalmente o Sudeste, abrangendo São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e outros estados. A produção ilegal na Bahia e Pernambuco, por sua vez, abastece a região Norte e Nordeste", concluiu.

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