Após reportagem da Folha de S.Paulo
mostrar um sistema de financiamento por empresários do disparo de mensagens
contrárias ao PT em grupos de WhatsApp ter colocado o uso do aplicativo de
mensagens em xeque, grupos de apoio ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) começaram
a formar e divulgar novas redes no Telegram.
A reportagem apurou que usuários apoiadores de Bolsonaro estão sendo
estimulados a migrarem do WhatsApp para o Telegram.
Na mensagem de boas vindas do grupo "Bolsonaro A Resistência",
um dos membros diz "acabou para eles. Tão tentando uma manobra e levar no
tapetão. Se retirarem o WhatsApp vamos estar aqui com os super grupos e ganhar
do mesmo jeito".
Um outro integrante pede ajuda para divulgar um link do Telegram nos
grupos de WhatsApp. Em vários momentos da conversa do grupo, membros se mostram
preocupados com a impossibilidade de utilização do aplicativo para a troca de
informações sobre o candidato e correm contra o tempo para adicionar pessoas
rapidamente.
Nesta sexta (19), o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para as agências
Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market determinando que parem de fazer
envio de mensagens em massa e de utilizar números de celulares obtidos pela
internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede
social.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu à Polícia Federal a
abertura de inquérito para apurar se empresas têm disseminado, de forma
estruturada, mensagens em redes sociais referentes a Fernando Haddad (PT) e
Jair Bolsonaro (PSL).
Também nesta sexta (19), a conta de WhatsApp de Flávio Bolsonaro foi
banida por um movimento de spam do número de telefone.
O filho de Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para afirmar que foi
vítima de censura.
Flávio Bolsonaro afirmou que o telefone que teve a conta de WhatsApp
banida é pessoal e "nada tem a ver com uso por empresas".
"O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da
Fake News da Foice de SP.
Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da
censura", escreveu nas redes sociais. (Via: Folhapress)
Blog: O Povo com a Notícia