O candidato à Presidência da República Jair
Bolsonaro (PSL) repreendeu neste domingo (21) seu filho Eduardo, reeleito
deputado federal, por conta de sua declaração sobre “fechar” o Supremo
Tribunal Federal (STF). A afirmação foi feita pelo filho de Bolsonaro em vídeo
gravado em julho e que voltou ao noticiário nesta tarde após divulgação pela
campanha de Fernando Haddad (PT).
No
vídeo, o filho de Bolsonaro diz, ainda, que bastaria “um soldado e um cabo”
para fechar a mais alta corte da Justiça, uma vez que seus ministros não gozariam
de popularidade “nas ruas”.
Jair
Bolsonaro afirmou que não conhece o vídeo no qual seu filho aparece dando essa
declaração, mas mesmo assim contemporizou sugerindo que as falas foram
“tiradas de contexto”. “Isso não existe, falar em fechar o STF. Se alguém falou
em fechar o STF, precisa consultar um psiquiatra”, disse o candidato em
entrevista coletiva concedida após evento na casa do empresário Paulo
Marinho.
O
próprio Eduardo Bolsonaro também se manifestou sobre o vídeo que causou
mal-estar na campanha do PSL mesmo em meio a um dia de manifestações de apoio
em todo o País. Por meio de suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro reconheceu
que “foi infeliz” em sua declaração, mas disse que ela “não é motivo para
alarde”.
Eduardo
Bolsonaro, por fim, termina a mensagem concordando com seu progenitor. “Se
alguém falar que o STF precisa ser fechado, de fato essa pessoa precisa de um
psiquiatra. Eu jamais falei isso”, defende-se.
Já no
vídeo que gerou a celeuma, Eduardo questionou: “O que é o STF? Tira o
poder da caneta de um ministro do STF, o que ele é na rua? Se você prender um
ministro do STF, vai ter uma manifestação a favor dos ministros do STF com
milhões na rua?”.
Questionada
em entrevista coletiva sobre a frase do filho de Bolsonaro , a ministra do STF Rosa
Weber arrematou que “juiz algum no Brasil que honra a sua toga se deixa abalar
por qualquer manifestação que pode eventualmente ser compreendida como
inadequada”. Com informações da Agência Brasil.
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