O candidato à Presidência pelo
PSL, Jair Bolsonaro, afirmou na noite desta segunda-feira (8), em entrevista ao
vivo no Jornal Nacional, da TV Globo, que o vice de sua chapa, general
Hamilton Mourão (PRTB), “foi infeliz” ao defender recentemente uma nova
Constituição “elaborada por notáveis”, sem o crivo da população, e a
possibilidade de um autogolpe com apoio das Forças Armadas. O militar
reformado falou após o
adversário petista Fernando Haddad, contra quem disputará o 2º
turno das eleições. A ordem foi definida em sorteio antes de ambos responderem
a duas perguntas, cada.
Questionado por William Bonner acerca da proposta, sobre a qual juristas
e críticos avaliam ser um risco à democracia, o militar da reserva
minimizou a fala do aliado. “Ele foi infeliz, deu uma canelada. O presidente
jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido. Não pode admitir isso, porque
não teria autoridade para fazer”, disse, prometendo que, se eleito, seus
auxiliares serão "escravos da Constituição" atual.
"Nós acreditamos no voto popular. O general Hamilton Mourão nos
auxiliará. Queremos demonstrar, com isso, um governo com autoridade, e não
autoritarismo. Ele rapidamente se adequará à realidade brasileira."
Em outro momento, Bolsonaro assegurou que não acabará com o Bolsa Família,
programa instituído no primeiro governo do ex-presidente Lula (PT), não
ressuscitará a CPMF nem cobrará Imposto de Renda de pessoas com até. “Homens e
mulheres, fiquem tranquilos”, declarou, ressaltando isenção para quem ganha até
cinco salários mínimos.
Endossando uma das principais bandeiras de sua campanha, Bolsonaro
prometeu “jogar pesado com a questão da segurança pública”, para que as
mulheres “fiquem protegidas” e voltou a defender a redução da maioridade penal.
"O povo quer e deseja”, disse.
No início, citou uma passagem bíblica, agradeceu aos caminhoneiros, a integrantes
das Forças Armadas, "à família brasileira e mencionou
a "inocência da crianças". Também fez acenos ao
eleitorado da região Nordeste, reduto petista, onde culpou as fake
news por não ter alcançado desempenho majoritário nas urnas.
"Foram quase 50 milhões de pessoas que acreditaram em mim no
domingo".
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