“É do nosso conhecimento de que a
inteligência da SDS recebeu, seis meses atrás, informações sobre a fuga de Zé Maria.” A declaração é
de José Augusto Branco, advogado de Mysheva Martins, ex-noiva do
promotor de Itaíba Thiago Faria Soares, assassinado em outubro de 2013 pelo
fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido por Zé Maria.
“Era uma fuga anunciada. Agora, tememos
pela vida de Mysheva, que está sem segurança”, continuou. Desde a prisão do assassino, em 2016, Mysheva
deixou de ser escoltada por policiais. “Zé Maria não ameaça. Ele vai lá e faz.
Nós queremos que o Estado faça o papel dele e apresente detalhes da fuga,
garanta a segurança de Mysheva”, declarou o advogado.
Zé Maria foi condenado a 50 anos
e 4 meses de reclusão em regime fechado pelo homicídio doloso do promotor e
pela tentativa de homicídio de Mysheva e do tio dela, Adautivo Martins. Apesar
de o crime ter sido julgado na esfera federal, Zé Maria cumpria a pena na
Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região
Metropolitana do Recife, considerada de segurança máxima, de onde fugiu na
noite do dia 13 de fevereiro. “Além de ficar em uma penitenciária estadual, é
de nosso conhecimento que ele atuava na enfermaria. Uma pessoa como Zé Maria,
extremamente perigosa, não podia estar lá.”
José Augusto Branco disse, ainda, que desde o início Zé Maria é beneficiado dentro do sistema. “Mesmo sem curso superior, ele já foi mantido em cela especial. Em 2016, quando Zé Maria ainda estava no Cotel, a Polícia Federal descobriu e acompanhou várias ligações que ele fez de um celular, mesmo preso”, contou. O advogado alega, ainda, que desde 2015 pede que seja mantida uma escolta junto à Mysheva. “Procurei a OAB, a SDS, o governador de Pernambuco, entre outros órgãos. A vida dela corre risco.”
Todos os órgãos citados nesta reportagem foram procurados. Bruno Baptista, presidente da OAB em Pernambuco disse que recebeu o ofício do advogado de Mysheva. “Vamos encaminhar esse pedido à Secretaria de Defesa Social (SDS). Com a fuga, esse receio é bastante fundado”, declarou Bruno.
A SDS informou que, por questões estratégicas de segurança, “não comentamos sobre temas relativos à inteligência policial. Por isso, não iremos confirmar nem desconfirmar essa informação.” Disse também que o serviço de proteção à testemunha e outras medidas protetivas são concedidos pela Justiça e encaminhadas, para as devidas providências, à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos(SJDH), que gerencia esse programa. A SJDH informou que está avaliando o pedido do advogado. As demais instituições não responderam até o fechamento da edição. (Via: Folha PE)
José Augusto Branco disse, ainda, que desde o início Zé Maria é beneficiado dentro do sistema. “Mesmo sem curso superior, ele já foi mantido em cela especial. Em 2016, quando Zé Maria ainda estava no Cotel, a Polícia Federal descobriu e acompanhou várias ligações que ele fez de um celular, mesmo preso”, contou. O advogado alega, ainda, que desde 2015 pede que seja mantida uma escolta junto à Mysheva. “Procurei a OAB, a SDS, o governador de Pernambuco, entre outros órgãos. A vida dela corre risco.”
Todos os órgãos citados nesta reportagem foram procurados. Bruno Baptista, presidente da OAB em Pernambuco disse que recebeu o ofício do advogado de Mysheva. “Vamos encaminhar esse pedido à Secretaria de Defesa Social (SDS). Com a fuga, esse receio é bastante fundado”, declarou Bruno.
A SDS informou que, por questões estratégicas de segurança, “não comentamos sobre temas relativos à inteligência policial. Por isso, não iremos confirmar nem desconfirmar essa informação.” Disse também que o serviço de proteção à testemunha e outras medidas protetivas são concedidos pela Justiça e encaminhadas, para as devidas providências, à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos(SJDH), que gerencia esse programa. A SJDH informou que está avaliando o pedido do advogado. As demais instituições não responderam até o fechamento da edição. (Via: Folha PE)
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