Militares
venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civisque tentava manter
aberto um trecho da fronteira da Venezuela com o Brasil na manhã
desta sexta-feira (22). Ao menos duas pessoas morreram e outras 22 ficaram
feridas. O ditador Nicolás Maduro ordenou o bloqueio da fronteira entre os dois países na noite
de quinta-feira (21), para impedir a entrada de ajuda humanitária no país.
Segundo o jornal Washington
Post, às 6h30 desta sexta, um comboio militar se aproximou de um ponto de
controle próximo a uma comunidade indígena na vila de Kumarakapai, perto de uma das
vias que ligam os dois países. Quando um grupo de pessoas tentou bloquear
a passagem do comboio, soldados abriram fogo, ferindo ao menos 22 pessoas,
segundo o jornal El Nacional. Uma das vítimas é Zorayda Rodriguez, 42.
Pessoas que foram feridas na parte de cima do corpo foram levadas para Boa Vista, em Roraima, segundo o El Nacional. Após o ataque, ao menos 30 moradores dos arredores foram ao local e sequestraram três funcionários do governo. Segundo Tamara Suju, advogada e defensora dos Direitos Humanos, eles só serão liberados pelos indígenas caso o ministro da Defesa da Venezuela,Padrino López, vá buscá-los pessoalmente.
Os ativistas que fizeram o
bloqueio pertencem ao grupo indígena Pemones, que se uniu ao esforço da
oposição para ajudar a receber a ajuda humanitária enviada pelos EUA. O
líder opositor Juan Guaidó, reconhecido por 50 países (incluindo o Brasil) como
presidente interino, se comprometeu a fazer chegar "de uma forma ou de
outra" a ajuda humanitária ao país a partir de diversos pontos na
fronteira, neste sábado (23).
O envio de ajuda para os venezuelanos que sofrem com a crise econômica se tornou um foco de luta de poder entre Maduro e Guaidó. O ditador teme que a entrega seja um disfarce para facilitar uma intervenção estrangeira, e ordenou aos militares que impeçam a entrada dos mantimentos, enquanto o opositor pede ao Exército que libere a passagem dos carregamentos. As Forças Armadas seguem leais a Maduro.
Os Estados Undos dizem que 'todas as opções estão sobre a mesa' e, nos últimos dias, têm pressionado o Brasil para que o país use força militar para entregar ajuda humanitária à Venezuela. A área de Defesa brasileira resiste à ideia por temer que a situação escale para um conflito, e também vetou a sugestão de que soldados americanos participassem da operação.
Nesta sexta, a Rússia acusou os Estados Unidos de usar a ajuda humanitária enviada à Venezuela como "um pretexto para uma ação militar" para derrubar o presidente Nicolás Maduro. "Há informações de que empresas norte-americanas e aliados dos Estados Unidos na Otan estudam a compra de uma importante quantidade de armas e munições de um país do leste da Europa, com o objetivo de entregar-las para as forças de oposição da Venezuela", disse Maria Zajarova, porta-voz da diplomacia russa.
A China também questionou a entrega de comida e remédios. "Se a chamada ajuda humanitária chegar a ser enviada à força para a Venezuela, poderá desencadear um conflito e provocar graves consequências", disse Geng Shuang, porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China. "Isso é o que ninguém quer ver". (Via: Folhapress)
O envio de ajuda para os venezuelanos que sofrem com a crise econômica se tornou um foco de luta de poder entre Maduro e Guaidó. O ditador teme que a entrega seja um disfarce para facilitar uma intervenção estrangeira, e ordenou aos militares que impeçam a entrada dos mantimentos, enquanto o opositor pede ao Exército que libere a passagem dos carregamentos. As Forças Armadas seguem leais a Maduro.
Os Estados Undos dizem que 'todas as opções estão sobre a mesa' e, nos últimos dias, têm pressionado o Brasil para que o país use força militar para entregar ajuda humanitária à Venezuela. A área de Defesa brasileira resiste à ideia por temer que a situação escale para um conflito, e também vetou a sugestão de que soldados americanos participassem da operação.
Nesta sexta, a Rússia acusou os Estados Unidos de usar a ajuda humanitária enviada à Venezuela como "um pretexto para uma ação militar" para derrubar o presidente Nicolás Maduro. "Há informações de que empresas norte-americanas e aliados dos Estados Unidos na Otan estudam a compra de uma importante quantidade de armas e munições de um país do leste da Europa, com o objetivo de entregar-las para as forças de oposição da Venezuela", disse Maria Zajarova, porta-voz da diplomacia russa.
A China também questionou a entrega de comida e remédios. "Se a chamada ajuda humanitária chegar a ser enviada à força para a Venezuela, poderá desencadear um conflito e provocar graves consequências", disse Geng Shuang, porta-voz do ministério de Relações Exteriores da China. "Isso é o que ninguém quer ver". (Via: Folhapress)
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