O trabalhador precisará
contribuir 40 anos para aposentar-se com 100% da média do salário de
contribuição, informou nesta quarta-feira (20) o Ministério da Economia. A
nova fórmula de cálculo do benefício substituirá o fator previdenciário, usado
atualmente no cálculo das aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
Atualmente, os benefícios do INSS são calculados da seguinte forma: sobre
80% da média do salário de contribuição para a Previdência incide o fator
previdenciário, que mistura expectativa de vida e tempo de contribuição. A
aplicação do fator previdenciário resulta em aposentadorias mais elevadas para
quem trabalha mais tarde e em benefícios menores caso a expectativa de vida da
população aumente.
Pelas novas regras, o trabalhador com 20 anos de contribuição começará
recebendo 60% da média das contribuições, com a proporção subindo dois pontos
percentuais a cada ano até atingir 100% com 40 anos de contribuição. Caso o
empregado trabalhe por mais de 40 anos, receberá mais de 100% do salário de
benefício, algo vetado atualmente.
Durante o período de transição de 12 anos, no entanto, o limite de 100%
continuará valendo, tanto para o setor público como o privado. Segundo o
secretário de Previdência da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho,
Leonardo Rolim, o novo cálculo é mais simples que o fator previdenciário.
A proposta de reforma da Previdência está sendo detalhada no Ministério da
Economia. Participam da entrevista o secretário especial adjunto de Previdência
e Trabalho, Bruno Bianco; o secretário de Previdência, Leonardo Rolim, e o
secretário adjunto de Previdência, Narlon Gutierre. Também dão explicações o
procurador-geral adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União, Cristiano
Neuenschwander, e o diretor de Programa da Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, Felipe Portela. (Via: Agência Brasil)
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