A equipe médica que acompanha o
presidente Jair Bolsonaro retirou na manhã desta sexta-feira (13) a sonda
nasogástrica colocada na quarta-feira (11). O tubo entrava pelo nariz e ia até
o sistema digestivo para retirar o excesso de gás e líquido. “Nós pudemos tirar
a sonda gástrica porque a drenagem dela foi bem reduzida. Ele começou a ter
função intestinal”, destacou o cirurgião-chefe da equipe que acompanha o
presidente, Antônio Luiz Macedo.
Com a resposta do intestino, voltou a ser administrada, gradualmente, a
dieta líquida. A cada hora, o presidente recebe 50 mililitros de água e outros
líquidos, avaliando as reações a esses alimentos. “Eu acabei de tirar a sonda,
fica perigoso aumentar rapidamente a ingestão líquida sem a gente saber como o
intestino está reagindo”, explicou Macedo. Por isso, foi mantida
simultaneamente a alimentação endovenosa (pelas veias), complementando a
quantidade necessária de nutrientes.
Segundo o boletim médico divulgado hoje pelo Hospital Vila Nova Star, onde
o presidente está internado desde o fim de semana, Bolsonaro teve “melhora
acentuada dos movimentos intestinais”. Ainda segundo o comunicado do hospital,
localizado na zona sul paulistana, o presidente não tem febre ou dor. Ele
continua fazendo fisioterapia respiratória e motora e caminhando pelos
corredores da instituição. Essa é a quarta cirurgia pela qual Bolsonaro passou
desde que foi esfaqueado em um ato de campanha eleitoral em setembro de 2018.
Previsão de alta
A previsão do médico é que Bolsonaro possa ter alta em três ou quatro
dias, a depender da evolução do quadro de saúde. Para isso, o intestino do
presidente precisa ser capaz de suportar ao menos a dieta cremosa ou pastosa,
com alimentos mais consistentes e que fornecem a quantidade de calores
necessárias para as atividades cotidianas.
Ontem (12), foi estendido o prazo de afastamento de Bolsonaro da
Presidência por quatro dias a partir de uma decisão da equipe médica. A
previsão inicial era de que ele reassumisse o cargo hoje (13). No entanto, a
recuperação sofreu uma “intercorrência” na quarta-feira, quando foi introduzida
a sonda nasogástrica.
Desde a segunda-feira (9), Bolsonaro recebia a dieta líquida. Porém,
devido ao trauma e à presença de gases, o intestino do presidente deixou de
funcionar adequadamente, levando à necessidade de que a alimentação voltasse a
ser feita de forma endovenosa. Assim, o vice-presidente, Hamilton Mourão, segue
no exercício da Presidência por este novo período.
Apesar dessa alteração, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros
afirmou que está mantida a viagem de Bolsonaro para a abertura da Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “O planejamento permanece. Nós
iremos a Nova York no dia 22 e o presidente discursará, no dia 24, na
assembleia das Nações Unidas”, informou. (Via: Agência Brasil)
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