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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Em menos de 2 anos, escolas públicas de PE somam 854 casos de polícia


Inseguras, as escolas públicas (municipais e estaduais) de Pernambuco contabilizaram 854 casos de polícia, entre janeiro de 2018 e agosto deste ano. Os dados obtidos pelo Ronda JC, por meio da Lei de Acesso à Informação, confirmam que a violência nas instituições de ensino não corre de forma pontual. Na verdade, ela faz parte da rotina dos estudantes e, vez por outra, vira estatística – quando a polícia é acionada e registra a ocorrência.

Na terça-feira (24), um vigilante foi executado a tiros dentro de uma escola estadual no município de Escada, na Mata Sul de Pernambuco. Amaro Lopes Filho, de 51 anos, trabalhava no momento da abordagem. Queriam a arma dele. Mas também roubaram o bem mais precioso: a vida. Um dos irmãos revelou à TV Jornal que já tinha pedido para que Amaro mudasse de profissão, pois sabia da insegurança na instituição de ensino, Alunos, abalados, pediram Justiça e prometem protestos.

Resta às secretarias de Defesa Social e de Educação, após a tragédia, planejarem uma ação no local. Possivelmente é isso que farão por um tempo. Mas, como disse acima, a rotina de medo é geral.  E são as estatísticas, da própria SDS, que apontam para a necessidade de um planejamento mais eficaz na defesa da segurança dos alunos, professores e outros profissionais que trabalham nas escolas.

Entre janeiro de 2018 e agosto deste ano, foram contabilizados 356 casos de roubos nas escolas públicas do Estado. Lesões corporais somam 413 casos. Os outros registros são de tráfico, uso, posse de drogas e até porte ilegal de arma. O número de mortes nas escolas não foi informado.

Importante frisar que essas estatísticas são apenas de ocorrências registradas pela polícia. Mas há também centenas de casos em que os estudantes não denunciam por medo. Ou até denunciam, mas, quando a viatura policial chega, já é tarde.

Blog: O Povo com a Notícia