Inseguras, as escolas públicas
(municipais e estaduais) de Pernambuco contabilizaram 854 casos de polícia,
entre janeiro de 2018 e agosto deste ano. Os dados obtidos pelo Ronda JC, por
meio da Lei de Acesso à Informação, confirmam que a violência nas instituições
de ensino não corre de forma pontual. Na verdade, ela faz parte da rotina dos
estudantes e, vez por outra, vira estatística – quando a polícia é acionada e
registra a ocorrência.
Na terça-feira (24), um vigilante foi executado a tiros dentro de uma
escola estadual no município de Escada, na Mata Sul de Pernambuco. Amaro Lopes
Filho, de 51 anos, trabalhava no momento da abordagem. Queriam a arma dele. Mas
também roubaram o bem mais precioso: a vida. Um dos irmãos revelou à TV Jornal
que já tinha pedido para que Amaro mudasse de profissão, pois sabia da
insegurança na instituição de ensino, Alunos, abalados, pediram Justiça e
prometem protestos.
Resta às secretarias de Defesa Social e de Educação, após a tragédia,
planejarem uma ação no local. Possivelmente é isso que farão por um tempo. Mas,
como disse acima, a rotina de medo é geral. E são as estatísticas, da
própria SDS, que apontam para a necessidade de um planejamento mais eficaz na
defesa da segurança dos alunos, professores e outros profissionais que
trabalham nas escolas.
Entre janeiro de 2018 e agosto deste ano, foram contabilizados 356 casos
de roubos nas escolas públicas do Estado. Lesões corporais somam 413 casos. Os
outros registros são de tráfico, uso, posse de drogas e até porte ilegal de
arma. O número de mortes nas escolas não foi informado.
Importante frisar que essas estatísticas são apenas de ocorrências
registradas pela polícia. Mas há também centenas de casos em que os estudantes
não denunciam por medo. Ou até denunciam, mas, quando a viatura policial chega,
já é tarde.
Blog: O Povo com a Notícia