A empresa denunciada por causar
um prejuízo estimado de R$ 49 milhões em João Pessoa, na operação Calvário,
atuou em 34 cidades paraibanas entre 2008 e 2012. A denúncia do Ministério
Público da Paraíba alega, ainda, que a empresa tinha know-how para obter
dinheiro de forma ilícita às custas das prefeituras pelo Brasil, incluído à Pernambuco.
Os casos foram denunciados pelos Tribunais de Contas de
Pernambuco, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia, Acre, Sergipe, São Paulo e
Maranhão.
O escritório Bernardo Vidal Advogados teria embolsado, só na prefeitura de
João Pessoa, R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011. Até 15% dos recursos arrecadados
de forma ilícita iam para os bolsos da organização criminosa, de acordo com o
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público
da Paraíba. Na capital, a empresa teria sido credenciada através de uma
dispensa de licitação considerada suspeita pelo órgão.
A denúncia diz que, para lucrar mais, o escritório protocolava pedido de
recuperação de créditos tributários inexistentes, prescritos, não comprovados,
em duplicidade e os realmente devidos à União.
Operação Calvário
A Operação Calvário foi desencadeada no dia 14 de dezembro de 2018 para
investigar núcleos de uma organização criminosa, gerida por Daniel Gomes da
Silva, que se valeu da Cruz Vermelha Brasil – filial do Rio Grande do Sul
(CVB/RS) e do Ipcep como instrumentos para a operacionalização de um esquema de
propina no Estado da Paraíba. A organização seria responsável por desvio de recursos
públicos, corrupção, lavagem de dinheiro e peculato, através de contratos
firmados junto a unidades de saúde do Estado, que chegaram a R$ 1,1 bilhão. A
Orcrim possuía atuação em outras unidades da federação, e exemplo do Rio de
Janeiro. Até agora, foram realizadas três fases e a investigação segue em
andamento.
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