O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu a abertura
de inquérito à Polícia Federal para investigar os autores de um curta metragem
de ficção em que a atriz que interpreta a filha do ex-juiz da Lava Jato é
sequestrada. A investigação vai apurar se os responsáveis pela produção
cometeram crime de ameaça ou apologia ao crime.
No filme – chamado de “Operação Lula Livre” publicado no YouTube -, os
sequestradores pedem em troca da libertação da filha do ministro – que tem o
nome de “Sergio Mauro” – a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). O petista também tem o nome trocado para “Luiz Jararaca da Silva”.
No enredo, o ex-presidente Lula faz um apelo para que a filha de “Mauro”
seja libertada e os sequestradores acabam acatando, mas escrevem a inscrição
“Lula livre” na testa da garota. Em entrevista à revista Veja, o autor da
produção Alexandre Barata Lydia afirmou estar “apavorado” com a repercussão do
filme, que apagou da sua conta do YouTube, mas que foi republicado em outros
canais da rede. E acusou a medida do ministro de censura. Lydia ainda disse
temer ser preso.
“Não duvido que o Moro pode me prender. Se ele fez isso com o Lula, que,
na minha opinião, não cometeu crime e nem tem culpa de nada, o que ele pode
fazer com um zé ninguém como eu? Só porque ele ficou com raivinha por achar que
estava sendo ameaçado, o que não está. Qual é a ameaça de um cara querer fazer
um filme? Se um cara quer fazer um sequestro, ele vai lá e faz”, disse à Veja.
Confira o filme:
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