O presidente Jair Bolsonaro (PSL)
questionou neste sábado (12) o suposto silêncio da ONU (Organização das Nações
Unidas) e ONGs (organizações não governamentais) sobre as manchas de óleo em
praias do Nordeste brasileiro. Em publicação no Twitter, ele disse:
"Estranhamos o silêncio da ONU e ONGs, sempre tão vigilantes com o meio
ambiente".
Na mesma rede social, porém, é possível encontrar ONGs ambientais se
manifestando sobre o tema. Uma das mais conhecidas delas, a WWF-Brasil vem
fazendo alertas, mostrando imagens e preocupação com as consequências do
vazamento de petróleo. O Greenpeace escreveu sobre as manchas de óleo no dia 10
de outubro.
A ONG Oceânica, do Rio Grande do Norte, o estado mais atingido pelo
derramamento de óleo, também cobra ações para controlar os efeitos ambientais
das machas, como o aumento de tartarugas marinhas cobertas de óleo que chegam
ao litoral.
A imprensa nacional tem acompanhado o assunto, apontando os locais
afetados, o impacto para as populações e as possíveis causas do vazamento.
Bolsonaro também declarou neste sábado que, desde de 2 de setembro, o
governo busca identificar os responsáveis pelo derramamento de óleo nas praias
do Nordeste.
Nesta semana, em evento a investidores internacionais, ele afirmou ter
"quase certeza" de que as manchas são resultado de um ato criminoso.
Especialistas ainda buscam explicações para o vazamento.
No Twitter, Bolsonaro compartilhou também um vídeo do jornalista Boris
Casoy, da RedeTV, que também questiona o suposto silêncio da ONU e ONGs a
respeito do fato, lembrando que essas instituições pressionavam por ações do
governo brasileiro para controlar os incêndios na Amazônia há poucas semanas.
Desde o início de setembro, o número de locais atingidos pelas machas tem
aumentado. Até a sexta-feira (11), ao menos 156 locais de 71 municípios em nove
estados foram afetados.
Na madrugada desta sexta (11), as manchas de óleo foram identificadas em
pelo menos quatro praias de Salvador. Foi a primeira vez em que manchas de
petróleo foram encontradas na capital baiana, que ainda não havia sido atingida
pelo derramamento que se alastra pelo Nordeste. (Via: Agência Brasil)
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