Ao deixar a China, o presidente
Jair Bolsonaro afirmou que pode se tornar "um presidente sem partido"
se a crise no PSL não se resolver. "Eu posso ser um presidente sem
partido. Tanto faz eu estar com partido ou sem partido", afirmou neste
sábado (27) pela manhã –sexta (26) à noite no Brasil.
A legislação determina que políticos (deputados, senadores, prefeitos,
governadores) podem ficar sem partido depois de eleitos. No caso dos deputados,
se houver troca da legenda, eles podem perder o mandato.
A declaração, que ainda é uma hipótese, vai ao encontro das expectativas
do eleitorado mais fiel a Bolsonaro, que é crítico da atuação dos partidos em
geral. O presidente admitiu que deseja ter uma expressiva quantidade de
candidatos a prefeito nas eleições de 2020, incluindo as principais capitais.
Mas disse que para isso precisa ter o controle do PSL.
"Pretendo ter 30 a 40 candidatos [a prefeito] pelo Brasil, mas tenho
que ter decisão sobre o partido. Não posso entrar e, quando chegar na
convenção, eles me deixarem para trás porque têm maioria", afirmou.
"Eles [deputados] sabem que quem quer ser candidato a prefeito no ano
que vem é melhor tirar uma foto comigo e não com outra pessoa", completou,
referindo-se a Luciano Bivar, presidente do PSL.
Bolsonaro também criticou a imprensa por causa de matéria publicada pela
revista IstoÉ, que diz que seu filho Eduardo teria pago as passagens de
lua-de-mel com dinheiro do fundo partidário. "É uma
irresponsabilidade da imprensa brasileira. Como vai pagar com fundo partidário
se quem administra [o fundo] é o Bivar?", afirmou.
Depois de uma visita oficial de dois dias, Bolsonaro deixou Pequim a
caminho de Abu Dhabi nos Emirados Árabes Unidos -terceira parada do seu
tour. Antes de viajar, o presidente publicou no Twitter uma matéria do
jornal China Daily que diz que o dirigente Xi Jiping teria sinalizado ao Brasil
que a tentativa de agregar valor às exportações é bem-vinda.
Na China, a imprensa é censurada pelo governo e publica apenas matérias
positivas sobre as iniciativas do Partido Comunista. (Via: Folhapress)
Blog: O Povo com a Notícia