A Polícia Federal (PF), em ação
conjunta com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia, integrantes da força-tarefa previdenciária, deflagrou
na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Caduceu em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Em coletiva de imprensa realizada na sede da PF
em Salvador, o superintendente regional da Polícia Federal na Bahia, delegado
Daniel Madruga informou que três
integrantes foram presos por realizar fraudes no INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social). Um deles comete fraudes desde os anos
1980, já cumpriu pena. Foram presos um estelionatário, um técnico em
contabilidade e uma pessoa que fraudava os laudos.
As fraudes, de acordo com a PF já chegam ao
prejuízo de R$ 7 milhões de reais, porém os valores são maiores e devem ser
atualizado com o avanço das investigações.
Segundo Marcelo Henrique de Ávila, Coordenador Geral de Inteligência Previdenciária
e Trabalhista, a situação foi identificada a partir de análise feita em Sergipe
por incapacidade, auxílio por invalidez. Esse benefício era requerido por
pessoas residentes em Salvador e Camaçari, que se deslocavam até Sergipe para
pedir o benefício.
O estelionatário recebia seis benefícios diferentes com nomes falsos, que somavam 20 mil mensais. Um dos benefícios muito fraudados era o acidentário. Eles fraudavam acidentes de trabalho para receber a quantia e também forjavam até doenças como câncer para receber auxílio-doença. O mais antigo benefício fraudado identificado é de 2011.
O Coordenador Geral de Inteligência Previdenciária, Marcelo Àvila
justificou que há uma fragilidade no controle desses documentos. “Esse caso
especifico tem algumas situações que são de fragilidade, como a falsificação de
documentos. Existe um projeto do Tribunal Superior Eleitoral com a Receita
Federal de ter a implantação de um documento de identificação nacional, cuja
previsão de início é a partir do ano que vem, com biometria. Isso vai reduzir
muito o risco de identificação indevida do cidadão perante a previdência e
outras instituições. Há uma gama muito grande de fraudes que ocorrem porque
existe uma fragilidade desses documentos”, explicou o coordenador.
A PF considerou estelionatário um dos maiores fraudadores da história do
INSS na Bahia. A investigação vem desde 2017 e identificamos. A PF explicou
também que algumas pessoas tomavam empréstimo consignados para pagarem a
quadrilha e receberem por anos os benefícios.
Blog: O Povo com a Notícia