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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Operação Caduceu é realizada pela PF nos Estados de AL, BA, PE e SE


A Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, integrantes da força-tarefa previdenciária, deflagrou na manhã desta quarta-feira (09), a Operação Caduceu em Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe.

Em coletiva de imprensa realizada na sede da PF em Salvador, o superintendente regional da Polícia Federal na Bahia, delegado Daniel Madruga informou que três integrantes foram presos por realizar fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Um deles comete fraudes desde os anos 1980, já cumpriu pena. Foram presos um estelionatário, um técnico em contabilidade e uma pessoa que fraudava os laudos. 

As fraudes, de acordo com a PF já chegam ao prejuízo de R$ 7 milhões de reais, porém os valores são maiores e devem ser atualizado com o avanço das investigações. 

Segundo Marcelo Henrique de Ávila, Coordenador Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista, a situação foi identificada a partir de análise feita em Sergipe por incapacidade, auxílio por invalidez. Esse benefício era requerido por pessoas residentes em Salvador e Camaçari, que se deslocavam até Sergipe para pedir o benefício. 

O estelionatário recebia seis benefícios diferentes com nomes falsos, que somavam 20 mil mensais. Um dos benefícios muito fraudados era o acidentário. Eles fraudavam acidentes de trabalho para receber a quantia e também forjavam até doenças como câncer para receber auxílio-doença. O mais antigo benefício fraudado identificado é de 2011.

O Coordenador Geral de Inteligência Previdenciária, Marcelo Àvila justificou que há uma fragilidade no controle desses documentos. “Esse caso especifico tem algumas situações que são de fragilidade, como a falsificação de documentos. Existe um projeto do Tribunal Superior Eleitoral com a Receita Federal de ter a implantação de um documento de identificação nacional, cuja previsão de início é a partir do ano que vem, com biometria. Isso vai reduzir muito o risco de identificação indevida do cidadão perante a previdência e outras instituições. Há uma gama muito grande de fraudes que ocorrem porque existe uma fragilidade desses documentos”, explicou o coordenador.  

A PF considerou estelionatário um dos maiores fraudadores da história do INSS na Bahia. A investigação vem desde 2017 e identificamos. A PF explicou também que algumas pessoas tomavam empréstimo consignados para pagarem a quadrilha e receberem por anos os benefícios. 

Blog: O Povo com a Notícia