O libanês
Joseph Nour Eddine Nasrallah, 64, conhecido como Sheik, foi
preso pela Polícia Civil nesta sexta-feira (18), em Campinas, no interior de
São Paulo.
Ele é apontado como chefe de uma quadrilha internacional de tráfico
de drogas e figurava o topo da lista com os 20 mais
cobiçados pelas polícias do Brasil, que ainda está sendo
elaborada pelo Ministério da Justiça.
Sheik ficou conhecido por construir em Valinhos (SP) uma mansão
luxuosa, avaliada, em 2007, em R$ 40 milhões. Daí a alcunha que passou a
figurar em suas fichas policiais. Naquele ano, ele foi preso pela
Polícia Federal, na Operação Kolibra (Conexão Líbano-Brasil),
suspeito de liderar a organização que compra toneladas de cocaína na América do
Sul e exporta em navios cargueiros para os EUA, Portugal, Espanha, Reino Unido,
a Alemanha, a Suíça e para países do Oriente Médio.
A mansão cinematográfica, descoberta na época
da prisão, tinha uma banheira avaliada em US$ 60 mil (R$ 243 mil) e
detalhes em ouro nas paredes de mármore. Sheik tem atualmente condenações
por tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Ele passou quase sete anos de cadeia após ser capturado pela Polícia
Federal, mas em 2013 conseguiu um habeas corpus do ministro Marco Aurélio
Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), e foi liberado. Em maio de 2016,
voltou à prisão por causa da sentença, confirmada em segunda instância, que o
condenou a dez anos de reclusão, em regime fechado, por associação ao tráfico
transnacional.
Mas o ministro mandou soltá-lo novamente, argumentando que a decisão não
havia transitado em julgado, ou seja, não era definitiva. No mês seguinte,
a 1ª Turma do STF cassou a liminar de Marco Aurélio, mas a polícia não soube
mais de Sheik, que estava foragido.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa
de Nasrallah para comentar a prisão. (Via: Folhapress)
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