Apesar dos alertas sobre o risco
da toxicidade do óleo que atinge a costa de Pernambuco, o ministro do Turismo,
Marcelo Álvaro, disse nesta sexta-feira (25) que as praias do litoral Sul estão
aptas para o banho. A avaliação foi feita após um sobrevoo pelas piscinas
naturais de Porto de Galinhas, área que não foi atingida pelo material, de
acordo com a prefeitura do Ipojuca. O ministro também afirmou que colocou o pé
na água e atestou que a água está adequada.
“O sobrevoo foi importante para dar uma visão muito clara de
que a situação é bem controlada, bem tranquila, as praias limpas, as águas
limpas e os turistas frequentando normalmente o litoral”, afirmou Marcelo
Álvaro, vestido com uma camisa de Porto de Galinhas e antes de se reunir com o
trade turístico local.
De acordo com o gestor, as recomendações de especialistas
para evitar o banho nos locais são uma visão equivocada. “É importante o
mundo saber, o Brasil saber que as praias da região estão aptas para banho. É
importante para desmistificar essa visão equivocada de que as praias estão
inacessíveis”, destacou.
O ministro falou ainda que o
litoral está limpo graças a uma “ação muito rápida” liderada, segundo ele, pelo
Ministério do meio ambiente, que conseguiu retirar o petróleo da água e areia.
“Teve ação muito rápida por parte do Plano Nacional de
Contingenciamento onde o Ministério do meio ambiente liderou a ação de forma
muito eficiente. Queria parabenizar o ministro Ricardo Salles, o da
Defesa, Fernando e esse grupo de ações junto com o trade e as pessoas que se voluntariaram já tornando
as praias completamente limpas”, afirmou em coletiva de imprensa.
Marcelo Álvaro informou também que haverá ainda um sobrevoo
pelo litoral de Itamaracá, no litoral Norte do estado, para um melhor
diagnóstico do problema e do impacto par ao turismo.
Apesar do ministro atestar , especialistas afirmam que é
necessário um estudo mais aprofundado sobre a contaminação da água, dos
pescados e da saúde dos que tiveram contato direto com o óleo cru. Diante
disso, o governo de pernambuco lançou na quarta-feira (23) um edital de R$
2,5 milhões para contratar 12 pesquisas científicas sobre a toxidade do óleo
nas águas, na vida marinha e na saúde da população.
Segundo o professor Francisco Kelmo, da Universidade Federal
da Baia, quando o óleo chega à costa ele se deposita em rochas, areias e
manguezais. No local, ficam mariscos, caranguejos, ostras, que filtram a água e
se contaminam com os materiais pesados. Se os animais forem consumidos, podem
causar danos à saúde humana. (Via: Portal OP9)
Blog: O Povo com a Notícia