O Brasil é o segundo país com
maior descrença na eficácia do isolamento social como medida para impedir a
disseminação da Covid-19. O resultado aparece na pesquisa Tracking the
Coronavirus, realizada pela Ipsos.
Para mais de metade de população do Brasil (54%), as restrições de viagens
e determinações de isolamento social não serão suficientes para impedir que o
coronavírus se propague. É o que afirma a oitava onda da pesquisa “Tracking the
Coronavirus”, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 15 nações.
A oitava onda do levantamento, conduzido entre 09 e 12 de abril, mostra
que a percepção brasileira se manteve estável. Na semana anterior, o índice de
discordância da eficácia do isolamento social como método para impedir a
disseminação da doença também ficou em 54%.
Já há duas semanas, entre 26 e 28 de março, o pessimismo era menor: 49%,
pouco menos da metade dos entrevistados no Brasil, achavam que a medida não
seria efetiva.
O país que mais acredita no isolamento social como forma de barrar a
propagação de Covid-19 é a Espanha, com apenas 34% dos ouvidos localmente
apresentando descrença ao método.
A nação da península ibérica é seguida pela Austrália, com 35%, e por
Canadá, Itália e China, os três empatados com 36%.
No ranking dos menos otimistas, lidera a Índia, onde 56% dos participantes
da pesquisa não creem na eficácia da medida.
Em segundo lugar, há um empate entre Brasil e Alemanha (ambos com 54%).
A terceira posição fica com o México (50%). Na média global, 44% de todos
os ouvidos acreditam que o isolamento social não impedirá a disseminação do
coronavírus.
Recuperação econômica
O estudo também perguntou aos entrevistados se eles acreditam que a
economia se recuperará rapidamente quando o período de confinamento acabar.
Para 46% dos brasileiros, a resposta é “sim”. A confiança na rápida
recuperação econômica do Brasil foi a mais alta entre todos os países
ocidentais analisados na pesquisa. Ao considerarmos todos os participantes, a
nação ficou em quarto lugar, perdendo apenas para o Vietnã, onde 80% dos
ouvidos locais acreditam que a economia se recuperará prontamente, para a China
(68%) e para a Índia (63%).
Por outro lado, o pódio entre os que menos confiam em uma recuperação
econômica célere é inteiramente europeu: primeiro lugar para a Espanha, com
17%, segundo lugar para a França, 19%, e terceiro para a Itália, 24%.
A pesquisa on-line foi realizada com 28.000 pessoas de 15 países entre os
dias 09 e 12 de abril de 2020.
A margem de erro é de 3,5 p.p..
Blog: O Povo com a Notícia