O presidente Jair Bolsonaro
nomeou, nesta terça-feira (28), o advogado André Mendonça como novo ministro da
Justiça. Também foi confirmada a ida de Alexandre Ramagem, atual diretor da
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para a direção geral da Polícia
Federal (PF).
As vagas no Ministério da Justiça e no comando da PF ficaram abertas após
a saída do ex-ministro Sergio Moro e do ex-diretor-geral Maurício Valeixo. Moro decidiu deixar o governo depois de
Bolsonaro exonerar Valeixo. O ex-ministro alegou que o presidente tenta
interferir politicamente na PF, o que Bolsonaro nega.
Jose Levi Mello do Amaral Júnior foi nomeado para o cargo de
Advogado-Geral da União.
Novo ministro da Justiça
Mendonça conheceu Bolsonaro em 21 novembro de
2018, no mesmo dia em que foi escolhido para comandar a Advocacia-Geral da
União. O agora ministro da Justiça chegou ao gabinete do governo de transição
em Brasília pelas mãos de Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência),
inicialmente favorito para substituir Sergio Moro.
No entanto, para evitar questionamentos, já
que Jorge é amigo da família Bolsonaro, o governo preferiu a escolha de André
Mendonça para poupar críticas sobre tentativa de tutela do Palácio do Planalto
sobre a Justiça. A avaliação é a de que a nomeação de Jorge Oliveira daria
força à tese de que o Planalto estaria atuando para ter controle sobre a
Polícia Federal e, assim, ter acesso a relatórios de investigações.
André Mendonça é cotado para substituir Celso
de Mello em novembro no Supremo Tribunal Federal (STF), quando o decano da
Corte se aposentará. O presidente já disse, sem citar André Mendonça, poderia
indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF. Mendonça é
evangélico.
Polícia Federal
Já Alexandre Ramagem atuou na Lava-Jato do Rio
de Janeiro e tem experiência em investigações contra o tráfico de drogas e
coordenou a segurança de eventos internacionais.
Ele ficou próximo à família Bolsonaro após ter
coordenado a segurança de Bolsonaro na campanha eleitoral à Presidência, em
2018. Ele é próximo a Bolsonaro e aos filhos do presidente. (Via: Agência Brasil)
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