Líderes partidários acreditam
que, embora o presidente Jair Bolsonaro saia mais fragilizado dos eventos
referentes a demissão do ex-ministro Sergio Moro, as chances de um impeachment
acontecer são remotas. Durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (25),
Moro acusou Bolsonaro de atuar com a intensão de interferir politicamente na
Polícia Federal (PF).
Na avaliação de parlamentares procurados pela coluna Painel, do jornal
Folha de São Paulo, a esquerda representada pelo PT não baterá no presidente
por causa do ex-juiz - responsável pela prisão do ex-presidente Lula. O mesmo
foi dito do "centrão", bloco que possui membros investigados pela
Operação Lava Jato.
Assim, o número de parlamentares que poderiam aderir a um processo de
impedimento fica bastante reduzido. Apesar dos pedidos de impeachment de
membros importantes do PT, como o governador Wellington Dias (PI), o partido
não entregou até a noite desta sexta pedido de afastamento de Bolsonaro do
cargo.
Na esquerda, PSB, PDT e Rede eram os únicos que haviam se manifestado
nessa direção. O alvo em Sergio Moro tem também a estratégia de desconstruir o
ex-juiz, a partir da tese de que ele sai maior do governo do que entrou. Nesse
esforço, PT e bolsonaristas deverão agir da mesma forma – ao menos por hora.
Também de acordo com a publicação, o cenário pode mudar se houver de fato
ocorrer uma comoção da população quanto o desembarque de Moro do governo.
Blog: O Povo com a Notícia