Em comunicado divulgado na manhã desta quinta-feira (16), o Sindicato
dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL-PE) afirma que mais de 50 policiais
civis já foram infectados pelo novo coronavírus. A categoria acusou o governo
de Pernambuco de não oferecer proteção aos agentes em trabalho no estado
durante a pandemia.
A nota diz que os profissionais com covid-19 são de todas as regiões de
Pernambuco, inclusive do Arquipélago de Fernando de Noronha.
“O Sinpol temia e agiu para que não acontecesse – por isso, inclusive,
ingressou com várias ações judiciais para resguardar o policial e a população
nesse sentido. As delegacias e institutos da Polícia Civil se tornaram
verdadeiros locais de contaminação e disseminação do coronavírus. Todos os
servidores que estão nesses ambientes, assim como a população que necessita do
trabalho deles “in loco”, estão em risco iminente”, diz o Sinpol, em nota.
A representação sindical dos policiais civis ainda acusa o governo Paulo
Câmara de negligência em relação à proteção dos profissionais que trabalham
durante a pandemia do novo coronavírus.
“O que nos assusta é que infelizmente não há, ou não parece haver,
nenhuma preocupação do Governo do Estado com esses servidores, uma vez que não
foram postos à disposição equipamentos de proteção individual para suprir a
demanda de todos os trabalhadores policiais”, diz o Sindicato dos Policiais
Civis de Pernambuco, presidido por Áureo Cisneiros.
“As unidades policiais (Delegacias, Departamentos e Institutos) já
apresentavam falta de condições para atendimento ao público antes mesmo da
COVID-19 e agora enfrenta mais esse problema”, complementa o Sinpol.
A categoria também solicitou que a população não compareça às delegacias
e institutos da Polícia Civil de Pernambuco, salvo em casos de urgência. Para
os casos que não forem inadiáveis, o Sinpol recomenda o uso da internet para
registros de boletins de ocorrência, por meio do site
https://servicos.sds.pe.gov.br/delegacia/, conforme já havia sido divulgado
pela Secretaria de Defesa Social (SDS) em março.
Com a palavra, a Secretaria de Defesa Social, caso julgue necessário.
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