O governo do Irã nega que o terrorista Abdullah Ahmed Abdullah, conhecido como Abu Muhammad al-Masri, foi morto secretamente pelas forças do país. A morte, que não é confirmada por meios oficiais, foi noticiada na sexta (13) pelo jornal "The New York Times".
Em comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, os iranianos acusam os Estados Unidos e Israel de vazar mentiras sobre as ações de grupos terroristas no Oriente Médio.
"De vez em quando, Washington e Tel Aviv tentam amarrar o Irã a tais grupos mentindo e vazando informações falsas para a mídia a fim de evitar a responsabilidade pelas atividades criminosas desse grupo e de outros grupos terroristas na região", disse o ministério.
Al-Masri era considerado o número 2 da facção Al-Qaeda e teria morrido baleado nas ruas de Teerã há três meses, disseram fontes da inteligência americana à reportagem do "Times".
Também segundo essas fontes, al-Masri teria sido morto por homens ligados a Israel, e com o apoio norte-americano, infiltrados no Irã. A filha dele, Miriam, viúva de um dos filhos de Osama bin Laden, também morreu na operação.
Al-Qaeda, EUA e Israel ainda não reconheceram publicamente a informação sobre a morte.
Al-Masri é acusado de ter planejado os ataques mortais a embaixadas americanas na África em 1998. Ele estava na lista de procurados do FBI, a polícia federal dos EUA.
Seu perfil ainda estava no site do órgão neste sábado. É oferecida uma recompensa de US$ 10 milhões (cerca de R$54 milhões) por informações que possam levar à sua captura.
Segundo o jornal dos EUA, funcionários da inteligência americana dizem que al-Masri estava sob a "custódia" do Irã – país inimigo da Al-Qaeda – desde 2003, mas vivia livremente no distrito de Pasdaran em Teerã, um subúrbio nobre, desde pelo menos 2015.
Ele e a filha teriam sido mortos por homens que estavam em uma moto e se aproximaram do carro onde os dois estavam, disparando contra eles em plena luz do dia.
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