O jovem Tom Linton estava sonhando em fazer a primeira tatuagem para comemorar seu aniversário de 18 anos. Contudo, ele não esperava que seu tatuador identificaria a doença que tirou a sua vida.
O artista teria avisado o garoto sobre uma verruga com características suspeitas em seu braço, mas além de não se importar, ele também não avisou os familiares sobre o alerta. Linton faleceu meses depois, diagnosticado com câncer de pele avançado do tipo melanoma, aos 19 anos.
A mãe do rapaz, identificada apenas como
Amanda, conta que a verruga foi vista na parte interna do braço do filho pelo
tatuador, que o aconselhou a procurar um médico. No final de 2019, o garoto
começou a se sentir mal, perder muito peso – um sinal importante de câncer – e também desenvolveu manchas azuis no peito. Os
médicos do primeiro atendimento disseram nunca ter visto este tipo de sintomas
em outros pacientes, e o jovem foi encaminhado para realizar exames antes de
receber alta e retornar para casa.
Após sofrer um desmaio, ele foi levado para o Hospital Queen Elizabeth, no Reino Unido, para ser examinado, e foram descobertas células
cancerígenas em seu fígado, rins e pulmões. Os médicos continuaram a
investigação para encontrar a causa primária de seu câncer, e foi descoberto
que ele tinha melanoma.
“Tom nunca mencionou isso para mim, ele tinha 18 anos e estava tão feliz
com essa tatuagem, que a verruga era a menor de suas preocupações”, lembra
Amanda, em entrevista ao jornal The Sun.
Embora
geralmente seja visto em pessoas mais velhas, um em cada quatro casos da doença
é diagnosticado em indivíduos com menos de 50 anos e muito raramente, com menos
de 30 anos. O sinal mais comum de melanoma é o aparecimento de novas verrugas
ou alteração em marcas já existentes. Algumas manchas podem se desenvolver ao
longo de muitos anos. As fotos mostram que a verruga do jovem, a mesma
sinalizada pelo tatuador, é de uma cor escura e profunda.
Morte rápida
O diagnóstico de Linton veio em janeiro de 2020. A família conta
que o quadro do jovem piorou muito rapidamente, e que os tratamentos tinham
grande impacto em sua saúde. Ele sentia dores nos braços e chegou a dizer aos
pais que não imaginou que aquela verruga fosse algo tão ruim quanto parecia.
“Câncer seria a última coisa que um jovem pensaria. Tom me disse que
nunca tinha ouvido falar de melanoma, ele não sabia nada sobre isso”, diz a
mãe.
Ele perdeu a
visão de um olho e a do outro piorou bastante, o que o deixou muito frustrado.
Dizia apenas que queria ir para casa morrer lá, ao lado de sua mãe, pai e irmã,
segundo a reportagem britânica. Em março de 2020, os médicos disseram que não
esperavam que ele sobrevivesse a mais um fim de semana. Na época, o Reino Unido
estava passando pelo primeiro lockdown da Covid-19, e os amigos e a namorada de
Tom não puderam visitá-lo. A família ficou mais seis semanas com o jovem até
ele falecer.
“Ele nunca se queimou de sol, nunca fez
bronzeamento artificial. É importante informar que, além de desenvolver a
doença, algumas pessoas podem nascer com melanoma transmitido pelos pais e que
nem sempre é causado pelo sol”, desabafa a família.
Juntamente
com a instituição de caridade MelanomaMe, a família está organizando o Tom’s Fest,
que será realizado na escola de Tom com bandas, atos de homenagem ao jovem e
barracas de comida. O ato de conscientização sobre o melanoma pretende alertar
a comunidade sobre os riscos da doença.
Blog: O Povo com a Notícia