Logo após ser comunicado pela Polícia Civil de Pernambuco sobre a identificação de um suspeito de matar a menina Beatriz Mota com base em testes genéticos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) requisitou providências imediatas para assegurar a ouvida do suspeito, a proteção à sua integridade física e a realização de novas perícias complementares.
As informações foram detalhadas pela promotora de Justiça
Ângela Cruz, coordenadora do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) que
acompanha o caso e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO Criminal),
durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (12), na sede da
Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS).
“Assim que tivemos conhecimento de que um suspeito havia sido
identificado pelo perfil genético, que é uma prova técnica relevante, entramos
em contato com os delegados responsáveis pela investigação. Ainda ontem (11)
delegados gravaram o depoimento do homem, ao qual já tivemos acesso. O
Ministério Público está devolvendo o inquérito à Polícia Civil, para que sejam
juntadas mais informações. Sabemos que a Polícia fará o trabalho requisitado de
forma responsável, com foco na apuração dos fatos. E ao receber o relatório
final da investigação, o MPPE vai analisar o inquérito e apresentar, no tempo
devido, a sua manifestação”, destacou Ângela Cruz.
A coordenadora ressaltou ainda que o GACE está analisando
minuciosamente os 24 volumes do inquérito policial a fim de compreender não
apenas o crime, mas também as circunstâncias correlatas, com base em evidências
científicas robustas que permitam a realização da persecução penal e uma
eventual condenação perante o Tribunal do Júri.
Linha do tempo – Em 10/06/2016 a Procuradoria
Geral de Justiça instituiu grupo de trabalho para acompanhar o caso. O GT
instaurou o Procedimento de Investigação Criminal nº 01/2016 em 13 de junho de
2016 para acompanhar as investigações.
Em 27/12/2017, devido à demora na conclusão das
investigações, o MPPE requisitou os autos de Inquérito Policial para análise,
ocasião em que devolveu à Polícia Civil com 10 requisitórios.
Em 2019, o Inquérito Policial foi remetido ao Ministério
Público, sem que se conseguisse estabelecer a autoria criminosa, sendo
igualmente devolvido à Polícia Civil com diversos requisitórios.
Em agosto de 2021, em substituição ao Grupo de Trabalho, foi
criado o Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE), para acompanhar e
fiscalizar as investigações, além de adotar diligências investigativas como
complementação do trabalho investigativo policial.
Durante todo esse período, o GT e o GACE realizaram reuniões
periódicas para análise dos autos do inquérito e planejamento de ações; se
reuniram com as autoridades policiais que presidiram as investigações e com a
Chefia da Polícia Civil; apresentaram dezenas de requisitórios em 26
oportunidades.
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