As vacinas contra Covid-19 para crianças devem ser distribuídas para os estados na segunda quinzena de janeiro. A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em conversa com jornalistas.
"Na segunda quinzena elas começam a chegar e serão distribuídas como nós temos distribuído", afirmou o titular da pasta, de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
Segundo membros do Ministério da Saúde escutados pela publicação, os imunizantes começam a chegar a partir do próximo dia 10 de janeiro. Contudo, elas precisam passar pelo processo de segurança antes de serem distribuídas.
Ainda não há um cronograma definido. Em nota recente, a pasta afirmou ser favorável à vacinação desse público. Porém, ressaltou que a decisão depende do desfecho da consulta pública que está em andamento.
"No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro", comunica o texto.
Uma consulta pública sobre vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra Covid-19 esteve aberta entre 23 de dezembro e o último domingo (2).
A intenção da pasta é recomendar que crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas contra a Covid-19, desde que mediante a apresentação de prescrição médica e consentimento dos pais.
De acordo com o ministro da Saúde, a decisão final será dos pais, prática que já ocorre hoje. "Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina", afirmou em coletiva de imprensa.
A data coincide com o prazo estabelecido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para o governo prestar informações sobre a vacinação infantil. Ele é relator de um pedido do PT relacionado ao assunto.
Em nota técnica enviada a corte, a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que a vacina contra o novo coronavírus para crianças é segura, e que o imunizante servirá para atenuar interrupções de aulas na pandemia.
A posição de Melo, que integra a equipe de Queiroga, contraria questionamentos sobre a segurança da vacina feitos pelo ministro e principalmente pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PL).
Em 16 de dezembro do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso de uma versão da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em crianças da faixa etária - fazendo com que seus diretores e funcionário passassem a ser alvos de ameaças, atualmente em investigação.
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