A emboscada que terminou com a morte do miliciano Vladimir Melgaço Montenegro, o Bibi, e da jovem Marianna Jaime Costa, na manhã deste último sábado, teve mais de 100 tiros disparados. Pelo menos cinco carros participaram do ataque, na saída de um baile funk em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.
Bibi saía do local
num veículo junto com a jovem quando seu bando foi surpreendido por disparos
feitos por cerca de 20 homens. A polícia já sabe que o episódio faz parte da
guerra entre paramilitares pelo controle da maior milícia do Rio, rachada desde
a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho do ano passado.
Segundo a polícia, o ataque
foi realizado por comparsas de Danilo Dias Lima, o Tandera, que disputa o
controle da quadrilha com Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Ecko.
Bibi, o alvo da emboscada, saiu da cadeia no ano passado, após quatro anos
preso, e se aliou a Zinho. Bibi e Tandera eram amigos de infância, mas viraram
desafetos após o racha interno do grupo. Bibi estava foragido, com um mandado
de prisão dois mandados de prisão em aberto por homicídio.
No local do crime, agentes da
Delegacia de Homicídios (DH) encontraram cinco carros com marcas de tiro. Só o
veículo ocupado por Bibi foi atingido por mais de 50 disparos. Tiros também
atingiram a fachada de um supermercado em frente ao local do ataque. Além do
miliciano e da jovem, que trabalhava como promoter de festas, outras três
pessoas foram baleadas e deram entrada no Hospital Estadual Pedro II. No carro
onde estavam Bibi e a jovem, PMs que chegaram ao local do crime encontraram um
rádio comunicador, uma pistola, itens militares, um carregador de fuzil e três
granadas.
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