Uma das vítimas da tragédia das chuvas em Petrópolis, Maria Eduarda sonhava com a carreira de modelo Foto: Redes sociais / Reprodução
Até o início da tarde desta sexta-feira (18), a Polícia Civil confirmou 136 mortos em decorrência da tragédia em Petrópolis, após a forte chuva no município da Região Serrana do Rio, na última terça-feira (15).
Entre as vítimas fatais, dos corpos estão no Instituto Médico-Legal (IML)
da cidade, segundo a Polícia Civil. Desses, 81 são do sexo feminino, quase ao
dobro, quando comparado aos homens, que somam 50. Vinte e dois são de menores de
idade, crianças ou adolescentes. Até o momento, 72 vítimas que perderam a vida
foram identifcadas.
Até o início da tarde desta sexta-feira, 213
pessoas seguem desaparecidas, das quais 116 são do sexo feminino e 102 do
masculino, segundo registros feitos pela força-tarefa da Delegacia de
Descoberta de Paradeiros (DDPA). Com histórias de vida soterradas em meio a
escombros e lama, reunimos algumas das histórias de mulheres que morreram em
meio à tragédia.
Maria das Graças de Paiva Destro, a Dona Fia, 73 anos
Conhecida como Dona Fia, a idosa fazia parte da
diretoria do Projeto do Morro, que atende cerca de 500 crianças. Ela morava ao
lado da sede da iniciativa, no bairro Alto da Serra, na região do Morro da
Oficina, palco de um deslizamento que arrastou casas e vítimas. O imóvel de
quatro andares sumiu, e Maria das Graças, segundo parentes, foi soterrada pelos
escombros.
Tânia Leite Carvalho, 55 anos, e Helena, de 1 ano e 11 meses
Madrinha de Duda, Tânia morreu no sofá, aninhando
a jovem e a neta Helena — que, tal qual Micael, estava prestes a completar 2
anos, e já tinha festinha de aniversário marcada. Mãe da menina, Giselli
Carvalho contou que, até realizar o sonho de ser mãe, passou nove anos tentando
engravidar." Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai
estar aqui", desabafou, muito emocionada.
Cecilia Lima Fiorese, de 40
anos
Maria Eduarda Carminate de
Carvalho, de 17 anos
(Via: O Globo).