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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

“Vazão de 4000 m³/s em Sobradinho e Xingó será mantida até o final de fevereiro”, diz diretor da Chesf

Em entrevista à TV Atalaia, de Sergipe, o diretor de Operação da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique Franklin, esclareceu as razões pelas quais a Empresa manteve a vazão de 4.000 m³/s, a partir dos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (SE). “Este valor permanecerá, em princípio, até o final deste mês de fevereiro, com expectativas de redução a partir do próximo mês”, afirmou.

De acordo com o diretor, a elevação gradativa das vazões nos reservatórios do Velho Chico para esse patamar se deu em decorrência das fortes chuvas no alto São Francisco, na região de Minas Gerais, que aumentaram consideravelmente o volume d’água do rio.

Salientou, ainda, que as vazões ora praticadas pela Chesf contribuem para o Sistema Interligado Nacional (SIN). “Em 2021, vivenciamos uma severa crise hídrica, especialmente na Região Sudeste, o que nos fez acionar as térmicas, que geram a custo maior. Mas essas chuvas recentes no São Francisco e em outras bacias brasileiras são muito positivas no que tange à geração de energia para o Nordeste e o restante do País, inclusive com redução dos custos”.

Diante da falta de chuvas no ano passado, a Chesf precisou poupar água nos reservatórios para garantir os usos múltiplos. “Já neste ano, com as chuvas verificadas durante o período úmido, a Companhia está gerando 40% do consumo de energia na Região Nordeste através de suas usinas”, afirmou, ressaltando ainda que, no cenário atual, além do abastecimento da Região, a Empresa está exportando energia para o restante do País, através do SIN.

Franklin observou que, mesmo com a baixa incidência de ventos nessa época do ano (o que garantiria geração eólica), houve, graças às chuvas, redução do uso de termelétricas, que aumentam o custo da energia para o consumidor final.

Enfatizou a importância das águas para o turismo, navegação e subsistência da cultura pesqueira na região, que garante o sustento de famílias ribeirinhas. “Entretanto, apesar da beleza das águas que retornam à sua calha, é importante que a população não ocupe as margens do rio.

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