O ex-deputado federal de
Pernambuco, Charles Lucena, foi solto neste domingo (20) após passar cinco dias
preso temporariamente no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna
(Cotel), em Abreu e Lima. Lucena é alvo de uma operação da Polícia Federal que
pretende reprimir a ação de uma quadrilha especializada em desviar recursos
públicos através de uma Organização Não Governamental (ONG) de fachada. O
prejuízo é estimado em R$ 4 milhões e veio de emenda parlamentar.
Após três anos de
investigação, a Operação Remenda reuniu provas sólidas, segundo a PF, de
irregularidades no processo de contratação da ONG, bem como na execução dos
convênios. O inquérito apurou que o dinheiro liberado por ministérios foram
apossados ilicitamente pelos diretores da ONG e por ex-assessor do ex-deputado,
responsável pelas emendas parlamentares dos convênios. Ainda segundo a polícia,
todo o processo político foi apenas uma fraude para desviar recursos públicos
da União.
A ONG de fachada, segundo a
polícia, é o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Institucional (IBDI), que
fechou seis convênios com o Ministério da Agricultura para fomentar consórcios
de fruticultura em seis Estados, o que somou um prejuízo de R$ 3 milhões. Além
disso, a organização também possuía cinco contratos com o Ministério do Turismo
para a produção de vídeos de incentivo ao turismo em cinco municípios de
Pernambuco, responsável pelo desvio de R$ 1,2 milhões. Os crimes aconteceram
nos anos de 2010 e 2011.
Os delitos investigados, por
ora, são os de formação de quadrilha, peculato ou apropriação indébita de
recursos públicos, bem como lavagem de dinheiro. Caso condenados, os suspeitos
podem pegar penas que variam de um a 12 anos de reclusão. A PF espera, a partir
desta fase, identificar novas informações sobre outros participantes do esquema
criminoso e sobre o destino total das verbas desviadas. (Via: JC Online)
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