O dia é de luto para o Sport e o
seus torcedores. Nesta terça-feira, o ex-atacante Leonardo, 41 anos, morreu
depois de perder a batalha contra a neurocisticercose, doença que ataca o
sistema neurológico provocada pelo ingestão de alimentos mal preparados. A
confirmação foi dada pelo Hospital da Restauração. Segundo a chefe da Unidade
de Terapia Intensiva (UTI), Fátima Buarque, o ex-jogador teve falência múltipla
dos órgãos às 15h15. Leonardo era o terceiro maior artilheiro da história do
Leão com 133 gols em 367 partidas. Ele jogou com a camisa rubro-negra em três
passagens (1994, 1997 – 2001 e 2004) e foi campeão pernambucano em 94, 97, 98,
99 e 2000, além de conquistar duas Copas do Nordeste, em 94 e 2000. Para
muitos, foi o maior jogador da história leonina nos últimos 30 anos. Atualmente
ele trabalhava nas categorias de base do clube onde proporcionou tantas
alegrias.
Leonardo
estava internado desde o dia 3 de fevereiro no Hospital da Restauração, no
Centro do Recife. Ele deu entrada com convulsões e queixas neurológicas. Após
exames, os médicos constataram a neurocisticercose. O ex-jogador iniciou
tratamento, mas não conseguiu superar a doença.
A HISTÓRIA: Natural
de Picos, no Piauí, Leonardo quase escreveu sua história no Recife em outras
cores. Em 1994, ele iria se transferir para o Santa Cruz. O Sport, contudo,
entrou no meio da negociação e trouxe o jogador para a Ilha do Retiro. Mal
sabiam os diretores rubro-negros na época que estavam trazendo um dos maiores
jogadores da história do clube. Rápido e com faro artilheiro, Leonardo caiu
rápido nas graças da torcida. Tanto que sua primeira passagem na capital
pernambucana durou pouco tempo. Em 95, se transferiu para o Vasco junto com o
meia Juninho Pernambucano. A trajetória dos dois, porém, mudou no Rio de
Janeiro. Por conta da falta de pagamento do Vasco, Leonardo teve que deixar São
Januário e voltar ao Sport, que emprestou o jogador para o Corinthians. No
clube paulista, chegou a jogar a Libertadores, maior competição internacional
da América do Sul. Mas o destino insistia em fazer Léo voltar a vestir as cores
rubro-negras.
Leonardo
ainda passou pelo Palmeiras antes de retornar para a Ilha do Retiro. No Sport
novamente, viveu os maiores momentos de sua carreira. Conquistou o Pernambucano
três vezes seguidas, ajudando o Leão a obter o primeiro pentacampeonato, e
levantou sua segunda Copa do Nordeste. Além disso, colaborou com boas campanhas
nacionais dos rubro-negros. Em 2000, o Sport acabou em segundo lugar na
primeira fase da Copa João Havelange. Na última rodada, o já ídolo da torcida
mostrou todo o seu poder de fogo ao marcar cinco gols na goleada do Leão de 6×0
sobre o Atlético-MG, em pleno Mineirão. Foi uma das maiores apresentações de
Leonardo com a camisa do clube pernambucano. Na mesma temporada, o Sport ainda
foi vice-campeão da Copa dos Campeões e quase foi para a Libertadores. (Por Thiago Wagner)
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