As eleições municipais do PT apontaram para a redução de diretórios
municipais da legenda.
As eleições foram realizadas no dia 9 deste mês, em todo país. Segundo o
Estadão, das 4,1 mil cidades onde o partido está organizado, cerca de 1.120,
27% do total, não conseguiram organizar nem sequer uma chapa de 20 filiados
para compor o diretório municipal. Nesses municípios, os diretórios serão
substituídos por comissões provisórias.
Alguns dirigentes do PT apontam a dificuldade para preencher as cotas
obrigatórias destinadas a negros, índios, mulheres e jovens como motivo para o
desaparecimento dos diretórios nessas cidades. Há ainda suspeitas de fraudes
que podem contribuir para o resultado.
Outros, porém, admitem que o encolhimento do partido revelado pelo PED é
mais um capítulo na série de reveses que levaram o PT a uma crise contínua
desde o início da Operação Lava Jato, em 2014.
Segundo o PT, 909 cidades nem sequer se credenciaram para eleger um
diretório municipal e outras 210 não conseguiram realizar a eleição. Em 89, o
partido não cumpriu o quórum mínimo de eleitores. É o caso de Uberlândia,
segundo maior colégio eleitoral de Minas, com 478 mil eleitores, governada pelo
PT até 2016. O ex-prefeito petista Gilmar Machado, da corrente Mensagem, teve
apenas 10% dos votos na eleição do ano passado e atribuiu o mau resultado à
“onda de ódio” contra o partido.
Blog: O Povo com a Notícia