O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE (Tribunal Superior
Eleitoral), marcou para terça-feira (04) pela manhã o início do julgamento da
ação que pode cassar a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. São quatro sessões
para o julgamento nesta semana.
Ele convocou duas sessões extraordinárias terça-feira (04) pela manhã e
quarta-feira (05) à noite, além de reservar as duas sessões semanais da corte,
terça-feira (04) à noite e quinta-feira (06) pela manhã, para o caso.
Na última segunda-feira (27), o ministro Herman Benjamin, relator da ação
no TSE, entregou aos colegas seu relatório final do processo. As defesas de Dilma e Temer entregaram na sexta (24) da semana retrasada
as alegações finais.
Uma das principais linhas dos advogados de Temer é a de pedir a
individualização das responsabilidades sobre as contas da campanha. Argumentam
que, como Temer optou pela abertura de uma conta separada como candidato a
vice-presidente, "tem o direito de ter sua conduta individualizada".
Tanto a petista quanto o peemedebista pediram a anulação dos depoimentos
prestados por ex-executivos da Odebrecht à Justiça Eleitoral.
Nas oitivas, o ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht afirmou que
Dilma sabia que parte dos pagamentos à campanha, inclusive ao marqueteiro João
Santana, era feita por meio de caixa dois.
Outros executivos da Odebrecht disseram que o dinheiro também comprou o
apoio de partidos da base aliada para que integrassem a chapa.
A ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer foi apresentada pelo
PSDB após a vitória da petista na eleição de 2014. Nas suas alegações finais,
os tucanos isentam Temer de responsabilidades pelas supostas irregularidades
cometidas ao longo da campanha. (Via: Folhapress)
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