Mais de 143 mil famílias
retornaram ao Bolsa Família neste ano devido ao aumento da taxa de desemprego
provocado pela forte crise econômica que se instalou no país. A fila de espera
também cresceu. Ela chegou a estar zerada nos meses de janeiro e fevereiro, mas
aumentou gradualmente e atingiu 525 mil famílias. O ministro do Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS), Osmar Terra, informou que pretende acabar com a
espera ainda em agosto. Mesmo com a restrição orçamentária do governo federal,
o ministério teria orçamento suficiente para atender esse público.
Em entrevista, o secretário-executivo do ministério, Alberto Beltrame,
explicou que a piora da economia fez com que muitas famílias retornassem ao
bolsa. Recentemente, os indicadores do mercado de trabalho vêm dando sinais de
melhora, mas ainda não estão sendo captados. Dado divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, no segundo trimestre,
a taxa de desemprego atingiu 13%. O nível de
desocupação foi menor do que aquele registrado no primeiro trimestre, de 13,7%,
mas ficou 1,7 ponto percentual acima da taxa apurada entre abril e junho de
2016 (11,3%).
Mesmo com a procura elevada, a quantidade de benefícios do bolsa caiu. Em
julho, 12,7 milhões de famílias foram atendidas. No fim de 2016, esse número
era de 13,57 milhões. A diminuição, conforme Beltrame, está diretamente
relacionada à maior fiscalização e cruzamento de dados dos beneficiários.
Segundo ele, ao contrário do que estão dizendo alguns críticos, o governo “não
arrochou o bolsa” em um momento em que os brasileiros pobres mais precisam
devido ao aumento do desemprego.
Blog: O Povo com a Notícia