O presidente Michel Temer será personagem das novas delações de empresas
que estão sendo fechadas com a Procuradoria-Geral da República (PGR), de acordo
com a colunista Mônica Bergamo.
Temer surge envolvido em pedidos de recursos para o PMDB.
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco
(PMDB-RJ), também é citado. Para colunista, eles negam ter feito solicitações
irregulares a empresas.
Lava Jato: Em parecer protocolado nesta quarta-feira (26), o Ministério Público
Federal (MPF), através da Procuradoria da República do Amapá, defendeu o
afastamento de Moreira Franco (PMDB). De acordo com o texto, a manobra política
orquestrada por Michel Temer tinha como objetivo livrar seu partidário das
investigações da Lava Jato.
"É claramente ilícito. Há obstrução à justiça, tendo em vista o seu
intuito único de alterar o foro competente para a condução das investigações
dos fatos referentes à Operação Lava Jato, além do processamento de eventual
denúncia criminal", revela o parecer do MPF.
O documento foi anexado à ação popular de Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
em 3 de fevereiro, quando ajuizou na Justiça Federal do Amapá o pedido de
suspensão da posse de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, pasta que foi criada por Temer naquela sexta-feira. Antes, Moreira
Franco ocupava o cargo de secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos
(PPI).
Em sua argumentação, o senador, que é líder da Rede no Senado, acusou
que a nomeação foi "um artifício ilícito e uma ofensa ao princípio da
moralidade e obstrução à Justiça, já que Moreira Franco é investigado pela
Polícia Federal e pelo Ministério Público". O ministro-chefe da
Secretaria-Geral da Presidência foi citado na delação de Cláudio Melo Filho,
ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, na qual afirmou que
peemedebistas pediam "pagamentos" em troca de apoio a projetos de interesse
da construtora.
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