Jair Bolsonaro citou em conversa
com O Antagonista as matérias do
Globo e da Veja deste fim de semana sobre a repercussão e a atuação política
nas redes sociais:
“O que eu senti é uma tendência em jogar mais para o [prefeito de São
Paulo, João] Doria, dar uma certa ‘dourada’ no Doria, e tentar em parte desacreditar
as mídias sociais. Ambas as matérias dizem que vai ser um vale-tudo no ano que
vem. Mas a verdade é que a imprensa de papel, o pessoal já sabe que a
credibilidade dela está sendo deteriorada a passos largos. E o negócio deles é
vender papel, vender propaganda. Mas há uma tendência aí de tentar
desqualificar as mídias sociais.”
Em seguida, o deputado deu a sua visão sobre a sua própria ordem de
grandeza na disputa pelo eleitorado, em comparação com a concorrência:
“Eu não tenho equipe nenhuma. Minha equipe é composta por um ou outro
funcionário meu que trabalha depois do expediente. O PSDB tem o estado de São
Paulo, tem a capital, tem ali uns 60 parlamentares entre deputados e senadores
– eles têm a máquina na mão, eu não tenho nada, não tenho nem partido ainda.
Não sou nem o Golias, de David e Golias. Eu sou a formiguinha contra o
elefante. E chegamos aonde chegamos.”
“Não vou fazer acordo com o diabo para ser simpático”
No encerramento da conversa com O Antagonista, Jair Bolsonaro, segundo
colocado nas pesquisas eleitorais, falou sobre suas chances ao disputar em 2018
a presidência por um partido pequeno como o atual PEN:
“Eu acredito que quem tiver 22% vai para o segundo turno e daí você empata
o jogo. E o que é importante também é que eu não vejo isso como obsessão. Então
eu acho que está na hora de contribuir com meu país. Se for vontade de Deus,
estamos lá. É isso que eu penso. Não vou fazer acordo com o diabo para ser
simpático e talvez conseguir sentar na cadeira dessa forma. Você senta, mas
depois não governa, é muito difícil.”
Com 20,8% no último levantamento do instituto Paraná Pesquisas (no cenário
com Geraldo Alckmin), Bolsonaro está próximo dos 22% que acredita ser
necessário alcançar. Se contar a margem de erro, na verdade, já alcançou.
O deputado Jair Bolsonaro confirmou que acertou sua filiação ao PEN, como
noticiamos com exclusividade.
“Houve (o acerto). É verdade.”
Como nada foi assinado ainda, o deputado brincou:
“É igual a um noivado. Você marcou a data do casamento. Em 99% das vezes,
você casa.”
“O importante é que a legenda é minha”
De Jair Bolsonaro a O Antagonista, sobre seu acerto com o PEN para se
candidatar à presidência da República em 2018:
“O importante é que a legenda é minha. Não vai ter desconfiança em
hipótese alguma de alguém trair ali – você sabe bem como funciona a política,
não é? Nós temos certeza de que vai ter uma enxurrada de filiados ao partido e
vai ser no mínimo um partido [DE TAMANHO] médio no ano que vem, se a gente
conseguir continuar nessa nossa caminhada. Tem tudo para ser um baita de um
casamento.”
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