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Desde as 5h da quinta-feira (20) até as 17h desta sexta-feira (21), o acumulado de chuvas no Recife foi de 130 milímetros, volume esperado para dez dias, de acordo com a média histórica do mês de julho, que é de 385 milímetros. Segundo a Defesa Civil da capital, essa é considerada a maior chuva do ano na cidade. Em outras cidades da Região Metropolitana e da Mata Sul, o volume registrado causou transtornos como alagamentos e transbordamento de rios.
A Estrada dos Remédios, na Zona Oeste do Recife, foi uma
das vias da capital que ficaram alagadas nesta sexta (21). Além disso, houve
a queda de quatro árvores em vias públicas do Recife nesta
sexta (21), sendo duas na Zona Norte, uma na Zona Sul e uma no Centro da
cidade. Não houve feridos em nenhuma das ocorrências, de acordo com a Autarquia
de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb).
A Defesa Civil orienta os moradores das áreas de risco do
Recife a deixarem suas casas e procurarem abrigo em locais seguros. "As
chuvas continuadas encharcam o solo das áreas de morro, sem tempo suficiente
para a drenagem das águas, aumentando ainda mais o risco de deslizamentos",
explica a nota da Prefeitura do Recife. O alerta foi emitido via SMS para 22
mil famílias cadastradas em áreas de risco. A Defesa Civil do Recife mantém um
plantão 24 horas e pode ser acionada através do 0800 081 3400. A ligação é
gratuita.
Somente neste mês de julho de
2017, choveu na cidade mais do que o dobro do registrado no mesmo período de
2016, segundo o órgão. Em junho, o acumulado foi o triplo do que o registrado
no ano passado.
Entre a quinta (20) e a sexta (21), foram registradas 120
solicitações da população para vistorias e colocações de lona em áreas de
risco. Ainda nesse período, a Defesa Civil registrou a queda de um muro de um
condomínio, na Rua Gastão Vidigal, na Várzea, na Zona Oeste, e um deslizamento
de pequeno porte no Alto da Bica, em Nova Descoberta, na Zona Norte. Houve,
ainda, um tombamento parcial de um muro de arrimo no Córrego da Josélia, no
mesmo bairro.
Chuvas em
Pernambuco: De acordo com o governo do estado,
equipes da Operação Prontidão, iniciada desde as chuvas de maio, foram
acionadas nesta sexta (21) para dar assistência aos municípios mais atingidos,
como Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros, Ribeirão, Gameleira, Escada,
Primavera, Bonito, Barra de Guabiraba, Cortês, Ipojuca e Cabo de Santo
Agostinho.
Somente nesta sexta (21), foram registrados 61
deslizamentos, 23 pontos de alagamentos, 415 desabrigados e 369 desalojados no
estado devido às chuvas. O estado também fez a entrega de 620 cestas básicas e
684 colchões para essas pessoas.
Desde o mês de maio, o governo havia decretado estado de emergência em 27
municípios: Amaraji, Água Preta, Barra de Guabiraba, Belém
de Maria, Catende, Cortês, Jaqueira, Maraial, Palmares, Ribeirão, Rio Formoso,
São Benedito do Sul, Barreiros, Gameleira, Caruaru, Ipojuca, Joaquim Nabuco,
Jurema, Lagoa dos Gatos, Primavera, Quipapá, Sirinhaém, Tamadaré, Xexéu, São
José da Coroa Grande, Bonito e Escada.
Nesta sexta (21), Ipojuca, na Região Metropolitana do
Recife, foi o município que registrou o maior volume de chuvas, com 110
milímetros, em 12 horas. Em 24 horas, a cidade acumulou 195 milímetros, o
equivalente ao esperado para 21 dias, de acordo com a Apac. Além de Ipojuca,
Escada contabilizou 84 milímetros, Sirinhaém registrou 59 milímetros, Ribeirão
teve 54 milímetros e Rio Formoso notificou 53 milímetros. Todas essas cidades
ficam na Mata Sul pernambucana.
No bairro de Muribeca, em
Jaboatão dos Guararapes, centenas de pessoas tiveram prejuízos por causa das
chuvas. No local, moram cerca de 26 mil pessoas. Muita gente ficou ilhada, sem
conseguir sair de casa, por causa do nível do Rio Jaboatão, que transbordou e
fechou a entrada do bairro. (Via: G1 PE)
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