A Polícia Civil de Pernambuco
conseguiu localizar e prender
três suspeitos de matar
um agente do Grupo onde Operações Especiais (GOE) a partir
da investigação sobre uma multa de trânsito aplicada a um dos ocupantes do
veículo usado na ação criminosa. A informação foi repassada nesta segunda-feira
(03), durante entrevista coletiva, no Recife. O policial foi vítima de assalto,
na noite de terça-feira (27), no Curado II, em Jaboatão dos Guararapes, na
Região Metropolitana.
O delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelas
investigações, apontou que logo depois do crime, os policiais receberam a
informação de que os criminosos tinham usado um carro antigo e de cor escura.
Com imagens de câmeras de segurança, descobriram a marca e o modelo.
Cruzando dados colhidos com testemunhas, chegaram até a
placa do veículo e souberam que uma multa de trânsito por excesso de velocidade
havia sido expedida em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana, dois
meses antes.
Após investigações, os agentes localizaram o veículo, que
estava carbonizado em uma estrada na cidade de Paudalho, na Zona da Mata Norte.
“O carro tinha marcas de tiros”, observou o delegado. Também foi encontrada uma
placa de automóvel, com registro de Maringá, no Paraná.
Em seguida, os policiais passaram
a rastrear os donos do carro. A primeira pista sobre os suspeitos foi a
localização da mulher de um dos homens envolvidos na ação criminosa. Grávida de
nove meses, ela tinha uma consulta marcada em uma unidade de saúde de São
Lourenço da Mata. “Fomos até lá e esperamos ela aparecer. O suspeito chegou por
volta das 15h de quinta-feira (29) e nós o prendemos”, disse o policial.
A segunda prisão foi um pouco mais complicada. Os agentes
chegaram até a casa de um homem e fizeram o cerco, também na quinta. “Ele fez
esforço para fugir e reagiu. Levou um tiro na perna, caiu e foi preso”, lembrou
Caraciolo.
O terceiro envolvido se apresentou, na sexta-feira (30), na
sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Recife. “Ele
tentou livrar o flagrante, mas também terminou sendo autuado. Os três vão
responder por latrocínio”, declarou o policial.
Depois de prender dois suspeitos e autuar o terceiro
envolvido, os policiais tentam, agora, localizar as armas usadas no crime. “Os
suspeitos disseram que jogaram no Rio Capibaribe, em São Lourenço”, comentou
Guilherme Caraciolo.
O delegado salientou que ação policial foi resultado da
união dos agentes. Segundo ele, 200 homens participaram das investigações, o
que permitiu o encerramento das apurações e as prisões em 48 horas. “Nunca
tinha visto tantos policiais juntos em uma ação. Tivemos apoio de várias
unidades especializadas e delegacias de área”, observou.
Caraciolo lembrou que o caso começou a ser investigado como
se fosse uma execução. Com a descoberta de vítimas de assaltos na mesma área,
os agentes passaram a acreditar que o colega tinha sido vítima de latrocínio.
O alvo da investida era o telefone celular. “Eles seriam
responsáveis por até cinco crimes semelhantes na área. Temos depoimentos de
duas delas. Quem souber algo sobre esse grupo deve procurar a polícia”,
finalizou. (Via: G1 PE)
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