O Partido dos Trabalhadores é a
legenda mais associada à corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, de acordo
com uma pesquisa realizada pela empresa Ipsos, realizada neste mês. O
levantamento mostra que o PT foi lembrado por 64% dos entrevistados de forma
espontânea.
O PMDB foi o segundo mais citado, com 12%, e o PSDB somou 3% das
respostas. Outros 17% não souberam opinar sobre o tema. Contudo, 82% dos
entrevistados afirmaram que as investigações estão mostrando que todas as
siglas são corruptas.
A pesquisa também revelou que para 96% dos entrevistados a operação deve
continuar até o fim, custe o que custar. Ainda de acordo com a pesquisa, 50%
das pessoas acreditam que a “Lava Jato não vai acabar em pizza”, 32% que vai e
outros 18% disseram que não é possível responder a essa pergunta.
Sobre o impacto da Lava Jato para o País, 87% dos entrevistados acredita
que a ação anticorrupção vai fortalecer a democracia no Brasil. Outros 79%
ainda acreditam que as investigações podem ajudar a deixar o País mais sério.
De forma espontânea, os entrevistas citaram quais nomes estão envolvidos
na Lava Jato, as respostas foram: Lula (PT), citado por 57% dos entrevistados;
Aécio Neves (PSDB), lembrado por 44%; Michel Temer (PMDB), com 43% das
citações; Dilma Rousseff (PT), com 35%; e Eduardo Cunha (PMDB), com 33%. Também
figuram na lista, desta ordem, Renan Calheiros (PMDB), José Serra (PSDB),
Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Romero Jucá (PMDB),
Rodrigo Maia (PMDB), Marina Silva (Rede), Gilmar Mendes e Jair Bolsonaro.
Quando os mesmos entrevistados receberam uma sugestão de nomes, a ordem
das respostas mudou. Na pesquisa estimulada, os dez nomes mais citados com envolvimento
na Lava Jato foram: Michel Temer (90%), Aécio Neves (88%), Eduardo Cunha (88%),
Lula (87%), Dilma Rousseff (82%), Renan Calheiros (67%), José Serra (52%),
Fernando Henrique Cardoso (45%), Geraldo Alckmin (43%) e Rodrigo Maia (39%).
Avaliação do governo: A avaliação do governo do presidente Michel Temer teve uma piora de quatro
pontos percentuais comparado ao mês anterior. Hoje, 84% dos brasileiros
classificam a gestão Temer como ruim e péssima. Em maio, o índice era de 80% e,
em janeiro deste ano, de 59%. A avaliação pessoal do nome de Temer também
piorou. Em maio, 86% dos entrevistados desaprovavam sua conduta. Hoje, esse
índice é de 93%. Essa taxa de reprovação transforma o presidente na figura
pública mais mal avaliada entre os entrevistados. Atrás deles estão Eduardo
Cunha (92%), Aécio Neves (91%) e Renan Calheiros (84%).
Considerando os políticos que já disputaram o segundo turno em um pleito
presidencial, Aécio Neves é o tucano com maior taxa de rejeição com 91%, alta
de 14 pontos percentuais sobre a edição anterior. O político mineiro é
seguido por José Serra, com 79% - aumento de nove pontos em relação a maio - e
por último, Geraldo Alckmin com 71%, o que representa sete pontos a mais
comparado ao último mês.
Marina Silva, da REDE, que vinha numa constante queda do índice de
rejeição, em junho, apresenta taxa de desaprovação de 62%. Por outro lado, o
juiz Sérgio Moro, o apresentador Luciano Huck e o ex-ministro do STF Joaquim
Barbosa são os nomes melhores avaliados com 63%, 44% e 42% de aceitação,
respectivamente.
Realizada entre os dias 1º e 13 de junho, a pesquisa Ipsos ouviu 1.200
pessoas de forma presencial em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de
3%.
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