A Câmara dos Deputados aprovou
nessa quarta-feira (11) a criação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
O projeto segue para a análise do Senado.
A criação do Susp ganhou força após o governo federal decretar a
intervenção na área de segurança no Rio e tem como principal objetivo
estabelecer a integração de 15 categorias, como policiais federais, civis,
militares e rodoviários federais, bombeiros, guardas municipais, agentes
penitenciários e peritos.
Para o relator do projeto, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), o Susp vai
fazer as polícias deixarem de ser “ilhas”, através do compartilhamento de
informações. “O projeto não traz transtorno, não faz despesa. O objetivo
principal do Susp é levar informações a todos os órgãos de segurança pública”,
afirmou.
O texto determina que “a segurança pública é dever do Estado e
responsabilidade de todos”, mas, para evitar conflitos entre as corporações,
ressalta que cada agente precisará respeitar os “limites de suas atribuições
constitucionais e legais”. Por isso, os deputados também decidiram retirar do
texto um artigo que permitia a qualquer profissional de segurança pública fazer
“preservação do local do crime”. Essa responsabilidade hoje é da Polícia Civil.
Informações
Uma das consequências práticas do Susp é que será usado um sistema
integrado de informações e dados eletrônicos. Com isso, os registros de
ocorrências serão padronizados para que todos os integrantes do sistema possam
utilizá-los.
A gestão do novo sistema único caberá ao recém-criado Ministério da Segurança
Pública, que terá a missão de efetivar o intercâmbio de experiências técnicas e
operacionais entre os órgãos federais, estaduais e municipais.
A pasta também terá de estabelecer metas anuais para cada órgão, que serão
fiscalizadas através do monitoramento de indicadores.
O texto-base do projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, por 367
votos a 1. Liderados pelo PT, deputados da oposição fizeram obstrução no
plenário. Durante a votação, no entanto, afirmaram que não eram contra a
proposta, mas que era preciso discutir a crise política após a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Via: Estadão)
Blog: O Povo com a Notícia