Após o voto contrário a Lula dado
pela ministra Rosa Weber, o dirigente do MST (Movimento Sem Terra) Alexandre
Conceição prometeu nesta quarta (04) ocupar "todos os prédios
públicos" e "todas as terras", com "porrada, guerra e
luta".
A fala arrematou o ato desta quarta-feira (04), em Brasília, em desagravo
ao ex-presidente --- que teve seu habeas corpus julgado pelo Supremo Tribunal
Federal.
O fim do protesto seria antecipado após um "grave comunicado",
avisou o locutor, explicando em seguida que Rosa Weber tinha esmagado as
chances de vitória na corte, já que dificilmente Cármen Lúcia votaria em prol
de Lula.
"Não haverá terra que não será ocupada, não haverá arrego. Não haverá
nenhum prédio público que não será ocupado", afirmou o militante do MST em
tom exaltado, para uma plateia na qual muitos choravam.
"Não tem mais valsa. É porrada, é guerra, é luta e venceremos",
acrescentou depois. Lembrando de líderes progressistas assassinados, do pastor
americano Martin Luther King à vereadora carioca Marielle Franco, ele
defendeu que haja "um abril vermelho".
O discurso de Conceição oscilou entre o bélico e o apaziguador. A certa
altura, disse não estar "chamando ninguém para a guerra" e pregou
"paz, democracia, não intervenção militar".
Em seguida contrapôs os "únicos dois lados desta história":
"O dos negros, pobres, o povo humilhado" contra "o daqueles que
nos chicotearam, que nos meteram tiros, ovos e bala" (referência a ataques
contra caravana lulista no Paraná).
Ele ainda fez ameaças à Rede Globo: "Ocupar e tocar fogo neste jornal
e nesta emissora", responsabilizada por "permitir que nosso povo seja
humilhado".
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), participou do
ato, caminhando entre os manifestantes. Com outros parlamentares da sigla, ela
fez um vídeo gritando "Lula livre" em coro. A poucos metros, ouvia-se
o "Hino Nacional" e gritos de comemoração vindos de um ato
anti-Lula. (Via: Folhapress)
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