O médico Antônio Luiz de
Vasconcellos Macedo, cirurgião-chefe que realizou neste domingo (8) a operação
de correção de hérnia incisional no presidente da República, disse que Jair
Bolsonaro deverá receber alta médica em torno de cinco ou seis dias. De acordo
com ele, após isso, o presidente deverá estar apto a viajar em sete a dez dias,
a partir deste domingo.
“A cirurgia transcorreu muito tranquila, não houve nenhuma sutura
intestinal, não houve sangramento, a gente imagina que após a alta, se tivermos
a alta em cinco dias, ele deve viajar em sete dias, mais tardar em 10 dias”,
disse o cirurgião em entrevista coletiva no início da tarde de hoje no hospital
Vila Nova Star, na capital paulista, onde ocorreu o procedimento.
Segundo o primeiro boletim médico divulgado hoje após a cirurgia,
Bolsonaro apresenta quadro clínico estável. A correção de hérnia incisional foi
feita com a técnica de herniorrafia incisional com implantação de tela, e foi
bem-sucedida. Teve início às 7h35 e foi concluída às 12h40.
O cirurgião ressalvou que a operação demorou mais do que o previsto em
razão de o intestino no presidente da República estar fortemente aderido na
parede abdominal. “Normalmente uma hérnia não demora tudo isso que demorou. Mas
aí a gente não contava que tinha aderido tudo de novo em relação a cirurgia de
28 de janeiro. Isso teve de ser feito com muito cuidado, você não pode machucar
o intestino em hipótese nenhuma. Teria sido melhor se [a cirurgia] fosse com
duas horas, teria sido mais fácil", disse.
O médico apontou ainda que a hérnia desenvolvida por Bolsonaro decorreu do
ferimento da facada e das cirurgias posteriores. “Houve uma lesão grave da
parede abdominal que ficou muito fraca. Além disso, durante a facada ele
desenvolveu uma peritonite, no dia 12 de setembro do ano passado ele foi
operado já aqui em São Paulo dessa peritonite. Isso infectou muito a parede, deixou
a parede muito enfraquecida, o que necessitou [agora] da correção dessa
hérnia”.
Segundo o médico, há uma pequena chance, de aproximadamente 6%, de haver
uma recidiva da hérnia, ou seja, o problema voltar a ocorrer no mesmo local. O
cirurgião, no entanto, diz que encontrou tecidos em boa condição e que a
probabilidade de isso ocorrer é muito pequena.
“O tecido que nós conseguimos unir e reforçar é um tecido mais musculoso,
mais forte, mais nutrido, então é difícil de se imaginar que vai haver
recidiva. Ele [Bolsonaro] está do ponto de vista clínico, do ponto de vista
geral, muito bem, não tem sinais de cansaço, de esgotamento de nada”, disse. (Via: Agência Brasil)
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