Para o vereador Paulo Valgueiro,
não foi nenhuma surpresa a escolha do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho,
pelo MDB de Pernambuco como sua nova sigla. Em entrevista ao Programa Carlos
Britto nesta terça-feira (15), na Rural FM, Valgueiro disse que já vinha
percebendo um “direcionamento diferenciado”
da legenda no Estado, semelhante ao que ocorria com a cúpula nacional. Tanto é,
quando da renovação do diretório municipal, ele permaneceu inerte e deixou que
a executiva estadual fizesse a composição que bem entendesse, por meio de
comissão provisória.
Valgueiro era o presidente diretório emedebista em Petrolina
e militou por 25 anos no partido, o único ao qual se filiou, mas deverá deixar
a legenda na abertura da janela partidária (em março de 2020), como este Blog
adiantou.
Adversário político do grupo do senador Fernando Bezerra
Coelho, que também integra a executiva estadual, o vereador se vê compelido a
procurar outra legenda, sobretudo pelo duro discurso de oposição que faz contra
o Governo Miguel Coelho. Mas Valgueiro garante que não ficará mágoas desse
episódio. “Mantive um bom relacionamento com
(o presidente estadual) Raul Henry, estava andando, mas sem nenhuma mágoa. Faz
parte do dia a dia da política. Vamos seguir em frente a partir de 2020, depois
de 25 anos, numa nova legenda”, afirmou Valgueiro, lembrando que
seu aliado, o ex-prefeito Julio Lossio, também deixou o MDB.
Por falar em Lossio, o líder oposicionista na Casa Plinio
Amorim se diz convicto de que o aliado sairá mais uma vez candidato a prefeito
de Petrolina e fará esse anúncio “no momento adequado”. Valgueiro afirmou também que,
num eventual e inédito segundo turno municipal em 2020, existe uma grande
possibilidade da oposição sair unida contra Miguel, que tentará a reeleição.
Mas vislumbrou a hipótese de uma vitória até mesmo no primeiro turno. “A gente pode surpreender, mesmo com o poderio de quem
hoje tem a máquina administrativa. Na política tudo é possível. Essa será uma
eleição diferenciada”, ponderou.
Tempo de rádio e TV
Valgueiro ainda minimizou a questão do tempo de rádio e TV na
propaganda eleitoral, uma vez que Miguel terá com ele – além do seu novo
partido – o PSL do presidente Jair Bolsonaro. “O advento das redes sociais é um diferencial nas eleições. Pelo
tempo de rádio e TV, Bolsonaro teria ficado em quinto ou sexto lugar nas
eleições de presidente (em 2018), tendo em vista que Geraldo Alckmin, por
exemplo, tinha dez vezes tempo de TV e rádio que tinha Bolsonaro. A gente tem
de esperar o tempo certo, porque casa eleição é uma história diferente”,
finalizou. (Via: Blog do Carlos Britto)
Blog: O Povo com a Notícia