A defesa do senador do Republicanos do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, protocolou, na tarde da última sexta-feira, (7), uma notícia-crime contra os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, por veicularem informações sobre as investigações do caso das "rachadinhas" no gabinete de Flávio quando era deputado estadual. O pedido foi feito junto à DRCI (Delegacia de Repressão Aos Crimes de Informática), no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Veja e confirmada pelo UOL.
Rodrigo Roca, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, advogados do senador do Republicanos, alegaram que a TV Globo descumpriu ordem judicial ao veicularem matérias sobre o caso. Nesta semana, a emissora deu destaque ao depoimento de Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio, confirmando a existência do esquema.
O depoimento já havia sido revelado pelo jornal "O Globo". No depoimento, Luiza afirma que nunca atuou como funcionária de Flávio quando ele era deputado estadual, mas que tinha cargo registrado na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e repassava mais de 90% do salário recebido ao assessor dele, Fabrício Queiroz. Ainda ontem, a defesa do senador pediu ao Tribunal de Justiça do Rio que a emissora pague R$ 500 mil para cada vez que descumprir a decisão.
Em outubro, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, não acatou a reclamação da emissora contra a decisão que proíbe a divulgação de informações ou documentos sigilosos sobre o caso das rachadinhas. A informação foi dada pelo colunista do UOL, Chico Alves. A emissora reclamava a decisão expedida, no início de setembro, pela juíza Cristina Feijó, da 33ª Vara Cível do TJ-RJ. Segundo a Globo, a determinação configurava censura e contrariava a própria jurisprudência do STF de proteção à liberdade de expressão e ao direito de informação.
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