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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Governo Paulo Câmara contrata R$ 109 milhões em vigilância privada armada. Policiais civis eram contra a licitação no ano passado

Saiu o resultado da licitação que o Governo do Estado promovida desde o ano passado para contratar vigilância privada armada. Por ata de registro de preços, poderão ser gastos até R$ 109 milhões.

O período dos gastos, segundo o edital oficial, será de um ano, entre 12 de janeiro de 2022 até 12 de janeiro de 2023.

O Governo do Estado tinha aberto esta licitação para contratar “Prestação de Serviços de Vigilância Armada, com vistas a atender às demandas dos órgãos da Administração Direta, Autarquias e Fundações Públicas integrantes do Poder Executivo do Estado de Pernambuco”.

A licitação estava sendo conduzida pela Secretaria de Administração de Pernambuco.

Coincidência ou não, a licitação foi aberta dias depois dos policiais civis, por meio do sindicato, prometerem não participar mais, a partir de outubro de 2021, do Programa de Jornadas Extras da categoria. Os policiais protestaram, em nota, contra esta licitação.

Leia a nota do Sinpol em 30 de julho de 2021:

“O Sindicato dos Policiais Civis vem a público demonstrar sua indignação pelo descaso do Governo do Estado de Pernambuco com os Policiais Civis. Primeiro, após uma reunião marcada com três meses de antecedência com o próprio Governo, após duas horas de espera, a reunião foi desmarcada de última hora e até agora o SINPOL-PE não foi comunicado da nova data. Em virtude de todo esse desrespeito, nós, Policiais Civis, deflagramos a nossa operação-padrão.

Para a categoria sempre é alegado que não há caixa financeiro para nossa justa valorização, mas, nessa mesma semana, o gabinete do Governador abriu licitação pra compras de bandejas de ovos, em valores muito acima dos preços de mercado, e três dias após a nossa Assembleia e de termos deflagrado a Operação- Padrão, o Governo do Estado lança edital de R$ 125 milhões para a contratação da vigilância armada para os órgãos da administração.

Tais gastos só comprovam o que já sabemos: há recursos financeiros disponíveis em caixa e que a falta de respeito com os Policiais Civis é algo comum e rotineiro nesta gestão.

Trabalhamos numa clandestinidade funcional histórica, contamos com uma absurda e injustificada diferença salarial entre nós e nossos chefes, embora sejamos nós que fazemos grande parte das atribuições deles, além das estruturas precárias da maioria esmagadora das unidades da Polícia Civil e somos um efetivo que é metade do que deveríamos ter em 2015!

Somos a Polícia Civil que mais produz e traz resultado no país. Esses resultados são frutos do trabalho dos agentes, escrivães, comissários e demais cargos da base, porém temos como recompensa o 22° pior salário nacional, além de sermos também, proporcionalmente, o 22° estado que menos investe em segurança pública. Como se tudo isso não bastasse, mais de 130 vidas de Policiais Civis pernambucanos foram perdidas em decorrência da Pandemia. Temos a sensação de que somos usados como propaganda e marketing na redução do número de homicídios e da criminalidade em geral, mas não recebemos a valorização correspondente com o que realizamos no nosso dia-a-dia, devido a uma cruel clandestinidade funcional.

É de estarrecer que o Governo do Estado, ao invés de se preocupar com a segurança de TODOS, pretenda “resolver” o problema da Segurança Pública se preocupando apenas com a proteção patrimonial da estrutura institucional do Estado, deixando nós, Policiais Civis, e o restante da sociedade pernambucana à própria sorte.

Não recuaremos um passo. A nossa valorização é também a valorização da sociedade pernambucana. O Policial Civil valorizado é o que melhor serve, acolhe e ampara o cidadão, trazendo resultados para toda a sociedade. Seguiremos na luta”.

Sindicato dos Policias Civis de Pernambuco – Sinpol PE. (Via: Blog do Jamildo)

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