O 1º Promotor de Justiça de Afogados da Ingazeira, Dr. Lúcio Luiz de Almeida, chama atenção para o cenário atual da pandemia do mundo até chegar na região do Pajeú, havendo recorde recente de casos por dia, provocou os prefeitos e secretários de Saúde da 3ª Circunscrição a aprofundar o debate e adotar, em bloco, medidas mais rígidas de prevenção. Defende medidas, por Decreto Municipal, especialmente em relação a eventos festivos com shows de bandas, programados para esse mês de janeiro em toda a região.
O Promotor afirmou que essa discussão já está colocada entre os
promotores do Pajeú porque não tem o mesmo resultado só em Afogados baixar
essas medidas proibindo esses eventos, ficando liberado nos outros municípios
ou sem a fiscalização adequada do Decreto Estadual.
De plano, faz o registro de que a primeira estratégia é
ampliar a vacinação (1ª, 2ª e 3ª dose) e a segunda, cobrar o comprovante da
vacina para acesso a espaços fechados públicos e privados. Mas ainda são
importantes medidas para quebrar a cadeia de transmissão como o uso da máscara,
a higienização das mãos e o distanciamento social.
Sustenta o representante do MP que os Infectologistas tem
colocado o risco de alta contaminação pela variante Ômicron, associada com a
gripe H3N2 provocar grande impacto no sistema de saúde, podendo chegar a
situação de colapso pela alta demanda e grande quantidade de profissionais
também infectados.
Argumentou que presenciamos, por quatro dias seguidos, mais
de 2,5 milhões de casos de Covid-19 por dia, fechando a semana passada com mais
de 15 milhões de novos casos, recorde desde o início da pandemia. Nesta semana,
já foi batido outro recorde com mais de 3,6 milhões de casos, no mundo, em um
dia. E, no Brasil, tivemos só nesta quinta-feira (13), 97,2 mil casos.
Dr. Lúcio Luiz ressaltou a importância dessas medidas serem
tomadas agora para não chegar ao ponto de medidas mais duras serem tomadas
depois, como o fechamento do comércio, onde ficaria muito difícil para
empreendedores e trabalhadores aguentar mais essa pancada.
Por outro lado, chamou atenção
para outro tipo de “fechamento” que pode ocorrer com a alta contaminação, não
por ordem do Governo, mas pela grande quantidade de pessoas de uma mesma
empresa que pode pegar, “vão ter sintomas leves, não vão para UTI, mas vão ter
de ficar isolados em quarentena, inviabilizando algumas atividades ou serviços
por uns dias”, destacou. Por exemplo, no Ceará já tem mais de 30 agências
bancárias fechadas com suspeita ou confirmação de Covid, só em Belo Horizonte
tem cerca de 50 e, em São Paulo, pelo menos 150 agências fecharam. Em
Florianópolis, houve atraso do serviço de coleta de lixo porque muitos agentes
de limpeza pegaram Covid ao mesmo tempo. As companhias aéreas suspenderam
milhares de voos em todo o mundo, porque integrantes da tripulação pegaram
Covid. E, nos EUA e na Europa, já vemos mercados e lojas com prateleiras
vazias, gerando desabastecimento, porque em algum momento da cadeia produtiva
pessoas pegaram Covid, arrematou o Promotor.
Aqui na região do Pajeú, o Promotor salientou os números do
dia 13/01, quando foram 208 casos em 24 horas, onde Serra Talhada teve 50 e São
José do Egito, 83 novos casos. Ressalta que, apesar desses números, está
programada grande festa com “Aldair Playboy e os Vilões”, para esse próximo sábado
(15) em São José do Egito e questiona: como será cumprido o novo protocolo do
Estado, que exige comprovante de vacinação e teste negativo com 24 ou 48 horas,
se estão faltando testes?
Assim, Dr. Lúcio afirma que veio colocar essas provocações
também para a imprensa e para a opinião pública, buscando promover esse debate
e adoção pelos prefeitos, de medidas em toda a região, enquanto é tempo,
invocando o ditado popular: “grita-se por São Bento, antes da cobra morder”,
finalizou.
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