Líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) comparou Michel Temer
ao técnico Tite, que reergueu a seleção brasileira, e Dilma Rousseff ao
antecessor dele, Dunga, que foi demitido da equipe com ela fora da zona de
classificação nas eliminatórias para a Copa de 2018.
"Para fazer uma analogia com o futebol, estávamos lá embaixo nas
eliminatórias, mudou o técnico, mudou a forma de atuar, e o Brasil hoje com
Tite está em primeiro lugar no ranking do futebol", disse nesta
sexta-feira (21) a uma plateia de empresários.
Analogia semelhante, mas no sentido inverso, havia sido feita por Renan
Calheiros, líder do PMDB no Senado, que comparou a gestão de Temer à
"seleção do Duga". "Queremos a seleção do Tite para dar
orientação."
Jucá fez a comparação, que arrancou risos e aplausos dos executivos do
Fórum Empresarial em Foz do Iguaçu depois de elencar uma série de medidas
adotadas pelo governo Temer.
Disse considerar que, depois de o peemedebista ter sido efetivado no
Planalto, o governo já conseguiu reduzir índices de inflação, amenizar a taxa
de juros além de ter dado início a medidas microeconômicas, como liberação de
recursos do FGTS.
Investigado pela Lava Jato, o senador voltou a dizer que defende a
operação e pediu "responsabilidade" nas acusações.
"Hoje todos estão sendo caluniados -ou não. O que vai definir é a
investigação. Quem tem seriedade quer investigação. Estamos vivendo tempo de
generalização, de facilidade de acusação. É preciso trazer tempo de
responsabilidade."
Presidente do PMDB, ele diz que os partidos enfrentam uma dificuldade
muito grande e precisam "decifrar" o que está acontecendo para não
serem "devorados" na eleição do ano que vem.
"Ou partidos evoluem ou vamos ter situação de extrema dificuldade
em 2018."
Ele voltou a dizer que vai "rezar" para que, com essa crise, o
país não eleja um "bravateiro ou um justiceiro, alguém que vai matar
traficante ou fazer bravatas no lugar de ter uma política equilibrada". (Via: Folhapress)
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