A delegada federal Carla Patrícia
Cintra é a nova corregedora-geral da Secretaria de Defesa Social (SDS). Ela
assume o cargo em substituição ao também delegado federal Antônio de Pádua, que
desde o início do mês é titular do posto máximo da SDS. Nos últimos anos, Carla
Patrícia, que foi chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado,
atuou em várias investigações que resultaram em operações em Pernambuco. Porém,
a mais polêmica certamente foi relação ao terreno do Cais José Estelita,
leiloado em 2008 e travado até hoje.
Em setembro de 2015, a Polícia Federal concluiu as investigações e afirmou
que o leilão do terreno de 100 mil metros quadrados do Estelita foi
subfaturado em R$ 10 milhões. O inquérito ainda apontou que houve
desrespeito a todos os prazos legais previstos na Lei 8.666/93, conhecida
como a Lei das Licitações. O leilão, que teve um único concorrente, deu vitória
ao Consórcio Novo Recife.
Na
época, em coletiva à imprensa, as delegadas federais Carla Patrícia e
Andrea Pinho afirmaram que os indícios de fraude eram gritantes e foram
incorporados ao processo do começo ao fim do leilão.
Nova missão: Carla Patrícia assume a Corregedoria Geral da SDS com
a missão de continuar o trabalho desenvolvido por Antônio de Pádua. Foi na
gestão dele, que durou cerca de seis meses, que mais de 20 policiais militares foram punidos com prisão por participarem das manifestações e movimento
grevista, em dezembro de 2016, por melhores salários e condições de trabalho.
Para Pádua, isso aconteceu, principalmente, porque não houve respeito à
hierarquia. Nos últimos meses, o número de policiais punidos até mesmo com
a expulsão da corporação foi alto. Em um dos casos, PMs foram demitidos porque roubaram um taxista nos Torrões. (Via: Ronda JC)
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