A Polícia Civil de Pernambuco
prendeu uma mulher que mandou as duas filhas adolescentes matar a nova namorada do
ex-companheiro em Itamaracá, no Litoral Norte do Estado. De
acordo com os investigadores, Gesiane Maria Ferreira, de 41 anos, ordenou que
as filhas, uma de 15 e outra de apenas 12 anos, esfaqueassem a professora Maria
Nazaré de Aquino, 38, no último dia 10 de junho. As adolescentes foram
apreendidas e internadas na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase).
As investigações apontam que, apesar de estar separada há cerca de quatro
meses de Marcelo José de Oliveira, de 38 anos, Gesiane continuava se encontrando com o
homem que já havia começado um novo relacionamento com Nazaré. Ao saber da
traição, a professora foi até a casa de Gesiane onde os dois estavam juntos e
onde o crime aconteceu. De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia, as duas
filhas da suspeita chegaram e receberam a ordem de matar a vítima. "Os
vizinhos pensavam que a confusão ia ficar na discussão verbal, mas as meninas
estavam com facas e a mãe mandou que elas matassem Nazaré", explicou o
delegado Victor Leite, que investigou o caso.
Segundo o delegado, a suspeita nega que tenha mandado matar a professora
e afirma que não sabia da intenção das filhas de esfaquear a vítima. Ao serem
ouvidas, as adolescentes afirmam que executaram Nazaré "por impulso".
Victor Leite afirma que as provas indicam que o crime não foi premeditado.
Triângulo amoroso: Victor Leite falou sobre a relação entre a Gesiane e Marcelo, que
estavam separados há quatro meses. "Eles continuavam se encontrando, mas a
suspeita disse que era vítima de Marcelo, que ele teria prendido ela naquela
casa. Ela afirma que registrou ocorrência para investigar um suposto estupro
que teria sido cometido por Marcelo contra as filhas dela e outra de lesão
corporal". "Ela tinha uma medida protetiva contra ele, mas não soube
explicar como, mesmo assim, continuava se encontrando com o homem", analisou.
Segundo o delegado, Marcelo não é investigado. "Ele foi ouvido, mas
até o momento está como testemunha dos fatos. caso haja algum indicio podemos
recomeçar as investigações para saber se ele teve envolvimento no crime".
As duas adolescentes vão responder por ato infracional equiparado a homicídio
qualificado pelo motivo futil e por meio cruel. A mãe delas, foi recolhida à
Colônia Penal Feminina do Bom Pastor e responderá por participação no
homicídio. (Via: JC Online)
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