O senador Humberto Costa (PT) esteve reunido a portas fechadas com o governador Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, na última sexta-feira (07), para reforçar que sua pré-candidatura ao Governo do Estado é um projeto validado, inclusive, pelo ex-presidente Lula. Nesta terça-feira (11), o senador vai propor à Executiva do PT de Pernambuco que seja iniciada uma série de reuniões não só com o PSB, mas com todos os partidos que compõem a Frente Popular para debater essa possibilidade.
“Vou sugerir também que comecem as discussões com os partidos
da Frente Popular, começando pelo PSB, com as bancadas federal e estadual do
partido, com o prefeito do Recife, João Campos. Quando estive com o governador,
ele foi enfático ao dizer que queria resolver essa questão (do candidato) até o
fim do mês, então suponho que ele vai acelerar esse processo”, afirmou
Humberto.
O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, foi procurado
para comentar a fala de Humberto, mas não retornou às tentativas de contato.
Com a aparente desistência do ex-prefeito do Recife Geraldo Julio em ser o
candidato à sucessão de Paulo e a indefinição de um substituto socialista,
Humberto Costa não vê empecilhos para que outros nomes possam ser levados em
consideração. Ao mesmo tempo, ele reconhece a legitimidade do PSB em indicar um
quadro para compor a majoritária.
Mais cedo, o petista foi além e declarou que o desenho
ideal para uma “chapa quase imbatível” seria com ele candidato a governador e
Paulo, como candidato ao Senado. “Poderíamos reproduzir e chegar perto do que
aconteceu em 2010, quando elegemos 19 dos 24 deputados federais. Nós também
teríamos uma mulher pela primeira vez como governadora”, disse Costa,
referindo-se a Luciana Santos (PCdoB), que assumiria em caso de renúncia do
governador para disputar a eleição. As declarações foram dadas à Rádio Folha.
Entretanto, o senador disse ter ouvido do próprio chefe do
Executivo estadual que ele não pretende disputar nenhum cargo eletivo, ficando
no mandato até o dia 31 de dezembro.
Nacional
As falas de Humberto Costa corroboram o posicionamento
externado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que também quer
“destravar o nó” das conjuntas estaduais neste mês de janeiro, segundo
informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
“Não temos a intenção de fazer cavalo de batalha em
Pernambuco, mas o PT tem legitimidade de apresentar um nome porque o PSB não
tem candidato lá”, declarou a deputada federal.
Outro ponto destacado por Humberto é que no cenário atual não
cabe mais ao PSB apresentar um nome desconhecido, pois isso “colocaria em risco
a chance de vitória”. Além disso, sua pré-candidatura foi um
movimento estimulado pelo próprio presidente Lula, que chegou a apresentar essa
alternativa ao PSB Nacional, mas que surge para provocar divisões.
“Eu acho que cada pessoa tem seus atributos e suas
experiências. Tenho avaliação que o momento político hoje, casaria muito bem
com alguém que tem o perfil parecido com o meu, com uma história política de
muitos anos, conhecida pela população pernambucana. Já fui deputado estadual,
vereador mais votado, senador duas vezes”, disse o parlamentar.
“Tenho trânsito nacional, e ao mesmo tempo já desenvolvi
várias atividades importantes, tenho experiência administrativa e creio que essas
duas coisas me dão um trunfo importante para encaminhar essa eventual
candidatura”, destacou Humberto, ao ser questionado sobre a tese do perfil
político, que tem sido defendido internamente pelo PSB. (Via: Jc)
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