A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) divulgou nesta segunda-feira (24), um levantamento que indica que o déficit de delegados da Polícia Civil no país é de, pelo menos, 4,7 mil profissionais. Os dados abrangem os 19 estados que participaram da pesquisa da entidade.
No Piauí, por exemplo, um só delegado atende a população e andamento de investigações de até 10 municípios. No estado, há 195 profissionais na função, enquanto outros 150 cargos estão em aberto.
Na Delegacia Regional de Guadalupe (PI), que responde por sete cidades, há somente dois delegados para realizar o trabalho. Além disso, a unidade policial tem uma cota mensal de R$ 700 para combustível.
Segundo o presidente da Adepol, delegado Rodolfo de Queiroz Laterza, quando a gasolina chega ao fim, os deslocamentos são prejudicados.
O estado de Rondônia é o que possui o menor número de delegados na ativa com relação à quantidade de profissionais imposta pela lei, com déficit que chega a 61%. Em seguida aparecem, Pará (48,5%), Paraná (47,4%) e Pernambuco (45,7%).
De acordo com previsto em lei, no Pará, deveria haver 460 delegados na função. Mas, atualmente, existem somente 179 profissionais da carreira. O presidente da Adepol ressaltou que, no estado, alguns servidores acumulam trabalho em unidades separadas por até 500km de distância.
Rodolfo considera que isso impede uma prestação de serviço público mais forte e eficaz para a sociedade.
Veja o ranking dos estados com maior déficit de delegados da Polícia Civil:
A Adepol do Brasil destacou que os estados que não aparecem na pesquisa, além do Distrito Federal, não enviaram os dados necessários ao levantamento da associação.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Instagram e Facebook.
Blog: O Povo com a Notícia